13/04/2018 11:24:12
Novo
espaço já foi construído, mas ainda falta todo acabamento
Na tentativa de
deixar essa grande casa franciscana cada vez mais acolhedora, diversas
melhorias estão sendo feitas há algum tempo. Após a campanha organizada para
renovação da fachada do Santuário, que foi pintada para comemorar o aniversário
de 370 anos, agora é a vez de nos unirmos novamente para melhorar o espaço
dedicado às aulas de catequese, realizadas até então em ambientes improvisados.
Foram meses de
adequação das salas para um maior conforto das crianças e jovens, e também
daqueles que participam dos encontros de formação e reuniões pastorais, além de
uma nova área, mais adequada e organizada, para o Bazar “Frei José”. Os gastos
até o momento foram custeados com recursos da Província Franciscana da
Imaculada Conceição do Brasil e com a doação de alguns fiéis. Graças a esse
apoio financeiro, as quatro novas salas ficaram prontas, mas ainda falta todo o
acabamento. Além disso, precisam ser equipadas com cadeiras, mesas, armários,
ventiladores, lousas, entre outras coisas. Por isso, o próximo passo é com
você: que tal nos ajudar nesta missão?
A campanha de
arrecadação de doações está lançada e segue até o final de julho. No dia 5 de
agosto, além da bênção das salas, haverá o sorteio de uma TV 49’’ para todos
que colaborarem por meio de cupons, que podem ser adquiridos no final das
missas ou na secretaria da paróquia. Também é possível realizar depósitos
bancários e doações espontâneas (veja mais detalhes abaixo).
SAIBA
COMO NOS AJUDAR!
Depósito
bancário
Banco Bradesco
Agência 200 / Conta Corrente: 5811- 4
Favorecido: Província Franciscana da
Imaculada Conceição do Brasil
Cupom
Pode ser adquirido na secretaria da paróquia e dá direito à participação no
sorteio de uma TV 49’’
Doação
Contribuição espontânea de qualquer valor na
secretaria da paróquia
Contamos contigo e agradecemos desde já!
02/04/2018 10:41:10
Era
uma pedra muito grande! (Mc 16, 3-4)
Caríssimos irmãos, irmãs, paroquianos, devotos e devotas de São Francisco, dizimistas, benfeitores, confrades...a todos Paz e Bem!
Depois
de um percurso quaresmal iniciado lá na quarta-feira de Cinzas, de um tríduo
Pascal que se completa hoje, depois de dias e dias deanseios para alguns,
confissões e penitencias para outros, de uma rotina as vezes até muito parecida
dos demais dias do ano para outros, chegamos todos a noite da grande Vigília,
chamada pelos padres da igreja de Vigília das vigílias, a noite das noites.
De
fato, toda a celebração de hoje foi pensada para acontecer durante a noite, em
meio as trevas da escuridão e da penumbra. Antigamente esta celebração iniciava
a meia noite e ia madrugada adentro, justamente para mostrar visivelmente a
vitória da luz sobre a escuridão (o fogo, o círio, as velas que são acessas aos
poucos, as luzes das igreja, etc). Tudo vai sendo pensado liturgicamente para
dar a entender que a luz sempre vence as trevas, que a esperança sempre vence o
medo, que a vida sempre vence a morte.
Por
isso estamos aqui mais uma vez reunidos como irmãos, como família, como
cristãos, vamos reafirmar para todos e para nós mesmos que acreditar de novo na
vida é sempre a chance e a alternativa para superar os medos, as dores, as
angustias. Que acreditar no ressuscitado é a grande certeza de que tudo o que
fazemos, as lutas que temos e a paz que buscamos não são meramente retórica e
em vão.
E para
reafirmar tudo o que estou falando, gostaria de recorrer as leituras que
ouvimos nesta noite, são um número grande, concordo, mas cada uma delas foi
colocada ali com uma intenção. A começar pelo livro do gênesis, a famosa história
da criação, um Deus que na sua imensidão resolve criar passo a passo um reflexo
desta mesma imensidão: o mundo, os seres vivos, o homem, e ao concluir: Deus
viu tudo o que havia feito e viu que tudo era bom. As leituras seguem no antigo
testamento mostrando as maravilhas deste criador, que se revela sempre infinito
na bondade, no amor e na misericórdia. A ponto de o profeta Isaias, na quarta
leitura que ouvimos, afirmar: “podem os montes recuar e as colinas abalar-se,
mas minha misericórdia não se apartará de ti”... “longe da opressão, nada terás
a temer, continua o profeta, serás livre do terror, porque ele não se
aproximará de ti”.
Dito
tudo isso e passada uma história longa e bonita de uma relação entre Deus e os
homens, chega-se a plenitude dos tempos. O Filho nos foi dado. O criador
resolve descer à comunhão com os viventes, com o criado, resolve se mesclar com
os homens, ser um deles, conhecer suas angustias, seus medos, suas dores e até
sua morte. O criador se faz um de nós na pessoa do Filho. E todo mistério dessa
doação, dessa entrega mística de comunhão, nós já bem conhecemos e vivenciamos
nestes últimos dias.
Mas o
que eu gostaria de chamar a atenção agora é para a narrativa da ressurreição
proclamada nesta noite, e que tem suas mais variadas versões em cada um dos
evangelistas. Escutamos hoje a versão apresentada por Marcos, que tem seus
detalhes e pormenores. Não vou me ater a todos e nem me alongar mais em minha
homilia. Mas queria apenas chamar atenção para um detalhe do evangelho que pode
nos parecer estranho ou pode passar despercebido. Trata-se das duas frases com
as quais comecei esta homilia: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do
túmulo? Era uma pedra muito grande! (Mc 16, 3-4).
Na
manhã do dia da Páscoa, algumas mulheres vinham pelo caminho se perguntando:
“quem vai tirar a pedra?”, quem tem força para removê-la? Quem será que vai nos
ajudar? Afinal de contas tratava-se de uma pedra muito grande, lembra o
evangelista e quem caminhava eram três mulheres.
Uma
pedra física, sim, afinal era costume judeu fechar os túmulos com pedras, mas
que pode ser interpretada de muitas maneiras, e que pode ter diversos
significados. Uma outra versão diz até que o tumulo era guardado por vigilantes,
ou seja, o trabalho da remoção da pedra deveria ser mais difícil ainda, porque
era preciso antes passar pelos guardas. O caminho até o tumulo deve ter sido
longo, a angustia no coração também deve ter sido grande...as perguntas tantas
e as incertezas maiores ainda.
O sol
já havia nascido, era o raiar de um novo dia, mas a preocupação com a pedra as
impedia de enxergar. O medo de não ter forças, de não conseguir, impedia-as de
ver a beleza da aurora, do clarão do sol, não dava para antever a ressurreição,
nem mesmo depois de ter ouvido o que mestre falou tantas vezes nos três anos de
sua vida pública, porque o medo (das pedras, da dor, do sofrimento e da morte),
faziam esquecer àquelas mulheres e a cada um nós a certeza da ressurreição. No
entanto, reafirmo, elas caminhavam, continuavam, iam...Algo mais forte do que
os medos as impelia a ir, a caminhar, a não parar, a enxergar adiante.
Hoje,
passados mais de dois mil anos destas narrativas que acabamos de escutar, a
pergunta que me faço é a mesma daquelas mulheres: quem vai nos ajudar a remover
a pedra? Quem vai tirar da frente do mundo de nossos medos e de nossas
angustias a tão pesada pedra? Como enxergar vida nova, luz, vitória, diante de
um país tão corrupto, tão mesquinho, diante de tantas mortes injustas, tanta
opressão, violência, degradação da natureza. Quem tem forças para remover
pedras tão pesadas? Quem tem coragem para enfrenta-las? Quem caminha ao seu
encontro?
O
evangelista continua: “quando olharam, viram que a pedra já tinha sido
retirada”. Alguém já removeu a pedra pra nós, talvez elas tenham pensado.
Alguém já removeu a pedra pra nós, afirmo, eu. Quando conseguiram erguer a
cabeça viram que não havia pedra, passar por ela foi mais fácil do que
pensavam, porque dentro do túmulo não havia morte. Havia anjos, homens de
branco, não havia nenhum sinal de morte...Havia vida. Sempre há vida, luz,
esperança quando conseguimos erguer nossos olhos e imaginar um outro mundo
possível. Quando conseguimos nos unir, juntando nossas forças e a força que vem
do alto, para lutar e buscar um reino que se faz com o esforço de cada um.
Sempre há vida depois da “pedra pesada” do sepulcro. Mas é preciso caminhar, é
preciso a coragem de quem vai em direção dos medos, das angustias, das dores, e
não para.
Foi
assim com os nossos primeiros pais Adão e Eva, quando continuaram mesmo depois
de expulsos do paraíso. Foi assim com o povo hebreu que mesmo diante de um mar
vermelho, continua caminhando e o atravessa a pé enxuto. Foi assim diante das
grandes provações dos profetas. E foi assim com o mestre Jesus diante do medo
da Cruz. Se faz necessário continuar caminhando...
E se
for preciso ir em dois, três, como aquelas mulheres, ou em 10, mil, como
fazemos nós nos dias de hoje. Vamos, juntos, com coragem e certeza de que à
nossa frente caminha o ressuscitado, o sol que já despontou, e que está lá,
mesmo que imperceptível as vezes. É ele que nos dá coragem para acreditar no
amanhã, é Ele que nos impulsiona a continuar, é Ele que faz a gente acreditar
na gente.
É
pascoa, povo querido de Deus. Ele vive. O tumulo está vazio. Vamos continuar
acreditando em tudo isso que estamos fazendo aqui nesta noite e em cada
domingo. Acreditando que não estamos apenas repetindo frases e palavras
prontas. Acreditando que a vida segue firme e forte quando é viva dentro do
coração de cada um e quando juntamos nossas mãos e construímos juntos um Reino
de Paz e Bem. Vamos continuar caminhando...o ressuscitado conta conosco. Afinal
de contas, não há pedra pesada que resista a força da vida.
Louvado
seja Nosso Senhor Jesus Cristo...
Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
Pároco e reitor do Santuário São Francisco
(Homilia do Sábado Santo – 2018)
12/03/2018 12:16:44
“A Igreja,
através dos seus Ministros, pede para proclamar ao mundo o amor de Deus”. A
palavra amor, repetida intensamente por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo
auxiliar de São Paulo, deu o tom na Celebração Eucarística, às 10h30, na Igreja
do Convento e Santuário São Francisco, no centro de São Paulo, quando Frei Marx
Rodrigues dos Reis recebeu o primeiro grau do Sacramento da Ordem, o Diaconato.
O carioca
Frei Marx, filho de Heloíza e Marco Aurélio Ribeiro dos Reis, pode servir,
agora, ao povo de Deus na ‘diaconia’ da liturgia, da palavra e da caridade.
Esse momento foi testemunhado pelos familiares, confrades das Fraternidade
local e vizinhas, sacerdotes e religiosos (as) na igreja do Convento, repleta
de fiéis. Ao lado de Dom Eduardo estavam como concelebrantes os franciscanos
Frei Fidêncio Vanboemmel - Ministro Provincial, Frei Mário Tagliari – Guardião
do Convento, e Frei Alvaci Mendes da Luz – pároco e reitor do Santuário.
Para o bispo
ordenante, o diácono tem uma dupla missão: ser arauto da alegria e do amor de
Deus. “Todos já sabem que o diácono é um homem de Deus, não é? Que o padre é um
homem de Deus? Não é? Diácono é aquele que veio para servir e não ser servido.
E se coloca a serviço, de modo particular, proclamando a Palavra de Deus para o
povo de Deus; servindo no altar; e no serviço à caridade. Esse nem precisamos
falar para os franciscanos. É próprio do carisma franciscano o amor aos pobres,
o amor aos sofredores, o amor aos últimos. E nesse tempo bonito da Igreja, de
modo particular no Pontificado do Papa Francisco, nós temos exemplos de sobra,
de amor à Palavra, de amor à Eucaristia, de amor ao povo, de modo especial aos
mais simples. Depois tem os demais sacramentos que, como diácono, Frei Marx irá
desempenhar”, explicou Dom Eduardo.
“Nesse tempo
da Quaresma, somos chamados a acolher Jesus, a Palavra de Deus encarnada no
mundo, que veio para nos salvar. A missão de Jesus é essa: revelar que Deus é
amor. Então, maior presente do amor de Deus para humanidade é o envio de Jesus
Cristo e a sua missão é revelar que Deus é amor, que Deus é Pai, que Deus ama a
cada um, a cada uma. Mesmo diante dos erros, Deus ama a todos igualmente”,
enfatizou, reforçando o lema escolhido por Frei Marx: “Permanecei no meu amor”
(Jo 15,9b).
Rito Diaconal
Após a liturgia
da Palavra, deu-se início ao rito de ordenação diaconal. Frei Fidêncio
apresentou o candidato eleito para o diaconato, pedindo que Dom Eduardo o
ordenasse, atestando assim, a sua idoneidade bem como a aprovação do Governo
Provincial.
Acolhendo o
chamado e a missão que o próprio Senhor lhe confiava neste momento, Frei Marx
confirmou diante da Igreja e de seu pastor, o seu firme propósito de cumprir
fielmente o ministério diaconal. Reconhecendo, porém, as grandes exigências
deste ministério e a necessidade da graça divina, Frei Marx prostrou-se por
terra, enquanto Dom Eduardo convidou toda a comunidade a implorar, juntamente
com todos os santos e santas de Deus, por este irmão eleito para o ministério
diaconal.
Em seguida,
estando o ordenando de joelho, Dom Eduardo impôs as mãos sobre a sua cabeça. No
rito de ordenação diaconal, apenas o bispo é quem impõe as mãos, diferentemente
da presbiteral, quando todo o colegiado dos presbíteros impõe as mãos também.
Após um breve momento de silêncio, o bispo ordenante, de mãos estendidas, faz a
prece de ordenação.
Após a solene
imposição das mãos do bispo e a Prece de Ordenação, os pais trouxeram em
procissão a estola diaconal e a dalmática. Frei Mário e Frei Roberto Aparecido,
seu colega de turma, ajudaram a vesti-lo. Depois, ele recebeu das mãos do bispo
o Evangeliário: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído
mensageiro; transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e
procura realizar o que ensinares”, disse D. Eduardo. E, por fim, através de um
caloroso abraço, o bispo acolheu o neodiácono e desejou-lhe a paz. Ele também
foi abraçado pelos pais e pelos seus confrades.
Terminado o
rito, Frei Marx passou a servir no altar pela primeira vez como diácono.
Texto e Fotos: Província Franciscana
da Imaculada Conceição do Brasil/Comunicação
12/03/2018 12:14:01
Quase duas horas de duração e uma profunda
imersão numa história iniciada há 370 anos. Assim foi a manhã do último sábado,
3 de março, para um grupo de 20 pessoas que participou da primeira visita
guiada pelo conjunto arquitetônico do Largo São Francisco.
No trajeto os visitantes puderam contemplar
as três construções que integram este importante e histórico trecho localizado no
coração da cidade de São Paulo: o universo barroco do Convento e Santuário São
Francisco, a Igreja de São Francisco das Chagas, levantada pela Ordem Terceira, com
direito a passagem pelo museu e mausoléu, e ainda o prédio da Faculdade de
Direito, cuja construção foi erguida na área ocupada pelo antigo convento.
Relatando fatos históricos, iniciados ainda
no período do Brasil Colonial quando se instalou na “vila” de São Paulo o
Convento de São Francisco, até os dias atuais, e mesclando com o contexto religioso,
Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM, atual pároco e reitor do Santuário, foi guiando
o grupo, sem deixar de focar nas ações hoje desenvolvidas pelas diversas pastorais
presentes na paróquia e os serviços de acolhida oferecido pelos freis,
principalmente aos mais necessitados.
“Nosso objetivo é propor
um aprofundamento nestes espaços que fizeram e fazem parte da história de São
Paulo. Nossa cidade, cada vez mais, atrais turistas, vindos até de outros
países. Enquanto alguns se interessam pela arquitetura, outros buscam a riqueza
das construções associada às histórias que carregam. E nossas igrejas, sem
dúvida, tiveram um papel importante na formação desta cidade. É o que queremos
mostrar”, completa Frei Alvaci, entusiasmado com este novo projeto.
Os encontros serão mensais, sempre no
primeiro sábado. Para
participar é preciso se inscrever, com antecedência, na Secretaria do
Santuário, e pagar uma taxa de R$ 20 (vinte reais) por pessoa.
Livro
Outra forma de se
aprofundar neste universo é adquirindo o livro “Convento e Santuário São Francisco - 370 anos de História, Acolhida e Fé no
Coração de São Paulo”, lançado em setembro do ano passado quando o
Santuário completou 370 anos. Os exemplares estão à venda na lojinha do
convento, ao preço de R$ 5 (cinco reais).
Todo 1º sábado do mês,
10 horas
Taxa: R$ 20 (por pessoa)
Inscrições: (11)
3291-2400
Texto: Rafael Faria/Pascom –
Santuário São Francisco
Fotos: Ana Lucia
Armigliato/Pascom – Santuário São Francisco
05/03/2018 17:28:16
Frei Marx
Rodrigues dos Reis, OFM vive a expectativa do momento solene que marcará sua
trajetória religiosa. No próximo dia 11 de março, às 10h30, no Convento e
Santuário São Francisco, dará um passo muito importante
em sua vida e caminhada franciscana, onde, pela imposição das mãos do bispo
auxiliar de São Paulo, Dom Eduardo Vieira dos Santos, será ordenado diácono
para o serviço da Igreja.
“Tenho o
coração em festa. Pois celebrarei o mistério de amor de Deus. Deus em seu
infinito amor se fez criador, redentor e santificador e assim nós o conhecemos
através de seu plano de salvação, de construção de seu reino. Ser diácono para
mim é ser servidor de sua mais bela face, de seu rosto de amor. Um amor que não
vê barreiras, distâncias e nem limites. Por isso, tenho veneração ao ministério
que irei abraçar e felicidade em amar o amor de Deus. Que venha o ministério,
mas que acima de tudo, que a cada dia cresça em mim o serviço aos amados de meu
Pai”, relata ele.
Frei Marx é natural do Rio de Janeiro (RJ), nasceu
em 28 de setembro de 1989. Foi admitido na Ordem dos Frades Menores no dia 12
de janeiro de 2010, onde recebeu o hábito franciscano e, no ano de 2015, emitiu
os votos solenes.
O ordenando
escolheu como lema “Permanecei
no meu amor”, passagem encontrada em João 15,9b. E fala disso apresentando os
motivos que o levaram a querer ser franciscano. “Eu conheci a vida
de São Francisco e notei que ele via um Cristo que se fez pequeno e esteve
entre os pequenos em um ato de amor. Tal realidade foi um divisor de águas para
mim. Pois vim de uma periferia, de um lugar onde as pessoas são desqualificadas
e, de repente, descobrir que Deus fez dos pequenos seu projeto de Reino foi
sentir que não há limites para Deus. E toda essa realidade gestou uma profissão
de fé. Esse Deus tão grande e tão humilde era o Deus que eu queria seguir e
Francisco me apresentou um caminho. Hoje, além dessa fé, eu tenho pela Ordem um
carinho imenso traduzida na vida fraterna. Por isso, escolho um Deus, um
caminho e uma fraternidade”, conclui ele, convidando a todos para que
compartilhem deste momento solene em sua trajetória de doação e aceite ao
chamado de Deus.
Programação
Tríduo Vocacional
1) Quinta-Feira,
8 de Março | Tema: Lava-Pés
9h Atividade na Casa de Clara
Rua Serra de Jairé, 316 -
Belém
15h Missa no Santuário São Francisco
2) Sexta-Feira,
9 de Março | Tema: O Bom Samaritano
9h e
15h Atividade com crianças e adolescentes,
no Sefras
Rua
Santa Rita do Itueto, 43 - Jardim Peri Alto
3) Sábado,
10 de Março | Tema: A Multiplicação dos Pães
10h30 Missa no Santuário São Francisco
14h Atividade no Chá do Padre
Rua Riachuelo, atrás do Santuário
Domingo,
11 de Março | 10h30
Missa
de Ordenação Diaconal
no
Santuário São Francisco
15/02/2018 18:39:51
“O tema é
desafiador”. Foi com esta afirmação que o professor e antropólogo Sergio Luiz de
Souza Vieira deu início a uma palestra, na noite desta quarta-feira (14), após
a missa que também abriu o Ano Pastoral no Convento e Santuário São Francisco.
A frase refere-se à Campanha da Fraternidade (CF) 2018, lançada em todo país na
Quarta-Feira de Cinzas, data em que se inicia a Quaresma
(quarenta dias antes da Páscoa).
“Não se
trata de evitar a violência, mas de superá-la. E essa é uma grande oportunidade
para a Igreja”, disse ele, diante dos freis, agentes de pastorais e de várias
outras pessoas que aceitaram o convite para se aprofundarem nesta discussão.
Por meio do
tema “Fraternidade e Superação da Violência”, e tendo como lema “Vós Sois Todos
Irmãos” (Mt 23,8), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) busca
chamar a atenção da comunidade para os índices elevados de atos violentos no país.
O texto-base da CF busca considerar que a violência nunca constitui uma
resposta justa e que é um mal inaceitável como solução de problemas, aos olhos
da Igreja Católica.
Logo no começo, Sergio
Vieira resgatou os temas da CF de anos anteriores, desde 1985, dizendo que todos
possuem total relação com a violência, e que agora se convergem para uma
discussão única, indicando as situações que agravam este cenário: corrupção
estrutural, insegurança jurídica, intolerância, falta de diálogo religioso,
niilismo, cultural da violência, tráfico de pessoas, órgãos e drogas, e a
desigualdade social.
Com alguns dados
estatísticos em mãos, ele apontou que são registrados, no Brasil, cerca de 75
mil homicídios por ano. Número maior que o gerado por muitos conflitos mundo a
fora. E ainda salientou que a nossa história mundial é de violência, inclusive
no país.
“Estamos criando
uma cultura que está matando Deus gradativamente, principalmente entre os
jovens”, afirmou.
03/01/2018 19:40:30
O ano de 2018 começa com uma nova exposição
nos interiores do Convento e Santuário São Francisco. Desta vez, os trabalhos
vão retratar a agonia de Francisco de Assis por um rio que canta e chora. As
obras, que vão do abstrato ao clássico, reúnem telas e esculturas, na visão de Sandoval
Ferreira.
O artista é natural da Serra da Canastra, em
Minas Gerais, local onde nasce o rio São Francisco. Cresceu neste lugar vendo
os benefícios que o “Velho Chico” proporciona para a vida das pessoas e da
natureza ao redor. Mas, num sonho, se deparou com a morte do rio. Ele relata
que até o nome da exposição surgiu neste momento: “Canta e Chora Francisco”,
numa alusão à realidade do rio e ao seu padroeiro e o amor à natureza.
“Francisco de Assis é o padroeiro do Rio São
Francisco, guardião da Canastra e zelador da nascente do Rio. Na Canastra onde
o rio nasce, rio e Santo, são uma só representação de pureza e amor pela vida”,
completa.
Nessa mostra, a primeira do artista, o
público poderá conferir 50 obras, divididas em 25 telas – estas com uma visão abstrata,
realista ou figurativa, e que retratam a realidade do rio no período de cheia e
seca, e 25 esculturas, todas confeccionadas a partir de madeiras extraídas do
fundo do rio, submersas, por muitos anos, e que foram reveladas na seca de
2014.
Mas quem for conferir esse trabalho também
poderá contemplar o trabalho de dois convidados por Sandoval: José Limonti
Junior, historiador e artista plástico de Ibiraci/MG, e Magda Belato, arquiteta
e urbanista de Franca/SP, autodidata em escultura.
Serviço
Exposição: Canta e Chora Francisco
Artista:
Sandoval Ferreira e convidados
Abertura:
14 de Janeiro, 10h30
25/12/2017 10:13:44
“O povo que andava na
escuridão, viu uma grande Luz...
Um menino nos nasceu,
um filho nos foi dado.”
Povo querido e amado de Deus. Paz
e Bem!
Seja todos muito bem vindos, mais
uma vez, ao Santuário e Convento de São Francisco. Nesta noite santa e de luz,
nesta noite clara em que desponta no presépio a nossa maior esperança, viemos
recordar aqui, diante do altar o grande mistério da Encarnação do nosso Deus.
Ver com os próprios olhos, como dizia São Francisco, como foi aquela noite
apertada e difícil da Sagrada Família de Nazaré. Quem bom que vocês vieram aqui
para ser Natal conosco. Para ser juntos dentro deste espaço sagrado.
Gostaria de aproveitar que
estamos sensibilizados e com o coração amolecido, afinal de contas, nesta época
do ano são tantas mensagens, textos, vídeos, que recebemos em nossos celulares
e redes sociais, ou que ouvimos dos nossos amigos, parentes e colegas de
trabalho, que ficamos de fato mais sensíveis, pensativos, reflexivos. Até os
comerciais de televisão, rádio e impressos, nesta época são muito mais bem
elaborados e emotivos, e sem querer a gente se deixa envolver por este misto de
alegria, esperança, solidariedade, comoção, bem querer.
Contudo, gostaria de convidar a
todos para uma reflexão, a partir das leituras que a liturgia nos propõe nesta
noite. Uma reflexão um pouco mais racional, menos emotiva, contudo bem precisa
quando diz respeito àquela que no presépio foi posto. Quem é este menino? Para
quem veio? Qual sua missão? Quem e abraçado e acolhido por esta família? São
todas perguntas que a partir da primeira leitura e do evangelho podem nos ser
respondidas.
Para isso, ao ler as passagens
desta noite, devemos tomar cuidado para não deixar apenas a emoção nos envolver
e acabarmos esquecendo qual verdadeiro sentido do Natal. Com certeza esta
pergunta já nos foi feita, vocês nas igrejas já ouviram em alguma homilia e por
aí adiante. Vamos então abrir o coração para deixar o Natal ser Natal. E como
disse o Papa Francisco em uma de suas homilias em um dia desses: vamos libertar
o Natal da mundanidade que o tomou como refém.
Primeira leitura, profeta Isaias,
profeta da esperança. A voz que grita no meio de uma sociedade desesperada,
anuncia a vinda de Rei forte, maior do que todos os outros até então.
Conselheiro, poderoso, príncipe da paz, atributos bem maiores do que aqueles
dados ao grande Rei Davi. O que virá, segundo Isaias, e o maior de todos,
aquele que inverte os valores, que acaba com as guerras, que propõe uma nova
Israel. Para nos cristãos, o único que se encaixa nesta profecia, feita 700
anos antes desta noite santa e Jesus, o filho de Maria e Jose, o menino das
palhas e da estrebaria.
Mas que contradição não? Desde o
começo este rei tem atitudes desconcertantes: não nasce num palácio, mas numa
estrebaria, não dispõe de nenhum daqueles instrumentos que nós homens julgamos indispensáveis
para promover a transformação do mundo (dinheiro, armas, domínio, aliança com
poderosos). Surpreende também o sinal dado aos pastores para identificá-lo, não
e dito por exemplo, que eles encontraram um menino com uma aura de santidade,
com cara de anjo, com uma coroa na cabeça. Nada de tudo isso, o sinal e: um
menino perfeitamente normal, envolto em panos, deitado num cocho onde se coloca
a comida para os animais. Ou seja, a característica mais marcante deste menino
e que ele e pobre.
Assim, povo querido de Deus,
desde o seu nascimento já transparece com toda a clareza qual a lógica de Deus.
Ao escolher a pobreza física de uma criança ele quer nos ensinar a não confiar
tanto em nossas certezas humanas que se aferram naquilo que e transitório e mutável.
A deixar de lado nossa auto confiança e orgulho e enxergar mais aqueles que nós
são colocados ao redor, aqueles que o mundo nos apresenta. É preciso, sempre de
novo, inverter nossos conceitos.
E quem são os primeiros a visitar
este estabulo? Pastores. Gente de boa fama, queridos por todos? Muito pelo contrário,
os pastores eram considerados os mais impuros entre os homens. Eles não podiam
por exemplo entrar no templo, local mais importante para os judeus. E o que os
anjos dizem justamente para eles e para aqueles que com eles se identificam? “Para
vós nasceu o Salvador”. Assim, desde o seu nascimento Jesus foi o encontrado
entre os últimos da sociedade. São eles, não “os justos”, que esperam de Deus
uma palavra de amor, libertação, de esperança. Ao crescer, Jesus continuará
vivendo ao lado dessas pessoas: falará a sua mesma linguagem simples, usará
comparações, parábolas, participará das suas alegrias e sofrimentos e estará sempre
ao lado deles, contra qualquer um que pretenda marginaliza-los.
Enfim, meus irmãos e irmãs,
quando eu falava no início desta homilia sobre tirarmos um pouco nosso olhar do
romantismo do Natal, eu queria dizer justamente isso. Muitas vezes esquecemos
que o primeiro Natal foi esta grande mensagem de Deus para a humanidade toda:
um Deus pobre, no meio dos pobres, que abraça os que sofrem. A gente esquece
que Natal só é Natal se for para todos, se for inclusivo, se for solidário. No presépio
já está bem clara a dinâmica de Deus, de um lado aqueles irão precisar de Jesus
durante a vida toda, do outro aqueles que não precisam de Salvador.
Não vamos nos esquecer, por
favor, nesta noite santa daqueles pelos quais o menino teve carinho especial a
vida inteira. Que seja Natal todos os dias com bem queremos e cantamos em
nossas canções natalinas.
Enfim, que está noite de luz,
possa nos envolver ainda mais, e que com os pes no chão da história possamos
abraçar e acolher hoje aqueles que não poderão nesta noite celebrar o Natal.
Aqueles que como a Sagrada Família não terão lugar, não serão lembrados, não
poderão cantar “Noite Feliz” e não trocarão presentes. Eu acho que para estes o
anuncio de Isaias ainda ressoa, o cantar dos anjos ainda clama e Maria, Jose e
o menino abraçam mais do que nunca.
Louvado seja o Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Frei Alvaci Mendes da
Luz, OFM
Pároco e Reitor do Santuário São Francisco
(Homilia da Noite de Natal - Missa do Galo)
16/11/2017 15:59:07
Com abertura no dia 3 de dezembro, a 28ª Exposição Franciscana de
Presépios acontece no Santuário São Francisco, patrimônio histórico de São
Paulo
A decoração nos shoppings e lojas
de rua já denunciam: o Natal está chegando. E cumprindo uma tradição, vem aí
mais uma Exposição Franciscana de Presépios, no Convento e Santuário São Francisco
que, neste ano, chega a sua 28ª edição, com o tema “370 Anos da Casa de
Francisco: a Casa do Presépio!”.
Vale lembrar que em 2017 o
convento celebrou 370 anos de fundação, com a inauguração deste lugar que é
referência de acolhida aos mais necessitados e fé, em pleno coração da cidade
de São Paulo.
Iniciada há quase três décadas,
a exposição faz parte do calendário das festividades natalinas da cidade de São
Paulo. A mostra será aberta ao público no dia 3 de dezembro, com a missa das
10h30, e ficará disponível para visitação gratuita até 7 de janeiro, no Salão
São Dâmaso, no Claustro do Convento.
São 30 conjuntos, originários de
diversos países, e feitos dos mais diferentes materiais, de argila à sucata. Um
dos destaques é uma reprodução vinda de Assis, na Itália. A obra, com 43 peças,
é feita em argila e resina, e retrata, além da cena do nascimento de Jesus, a
Assis da época em que Francisco viveu. “Uma verdadeira obra de arte”, relata o
frei Alvaci Mendes da Luz, pároco e reitor do Santuário.
Aguardada com entusiasmo, a
exposição ganha um destaque especial por acontecer justamente numa igreja
franciscana. Isso porque foi São Francisco de Assis o primeiro a montar um
presépio tal qual conhecemos hoje. A ideia surgiu enquanto o santo lia, numa de
suas longas noites dedicadas à oração, um trecho bíblico que narrava o nascimento
de Cristo.
No ano de 1223, na cidade
italiana de Greccio, Francisco celebrou o Natal e encenou a vinda de Jesus ao
mundo. Os biógrafos citam a cena da noite preparada com tochas, numa gruta,
inclusive com um boi e um jumento. A criativa encenação agradou e se tornou
conhecida pelo mundo inteiro. A partir daí, a divulgação e propagação do
presépio, símbolo do Natal, se deve, em grande parte, aos franciscanos. E mesmo
após tanto tempo, encanta fiéis do mundo.
“O nascimento de Cristo foi o
maior evento da humanidade. É o momento em que o céu resolveu descer para
habitar no meio dos homens. Isso é tão grande e fascinante, mas ao mesmo tempo,
tão envolto em sinais simples como o estábulo, os animais, os pastores. O que
faz com que a representação do Natal, do nascimento do menino Deus, seja ainda
tão viva é talvez a grandiosidade do mistério que a envolve. Francisco de Assis
era um apaixonado por este mistério, por isso tem a delicadeza de representar o
Natal pela primeira vez em forma de presépio!”, relata Frei Alvaci.
A 28ª Exposição Franciscana de
Presépios ficará aberta das 9h às 17h de terça a sábado, e aos domingos das 8h às
13h. Não haverá expediente nos dias 25 e 1º de janeiro. O Convento São
Francisco fica localizado no Largo São Francisco, 133, no centro de São Paulo,
próximo à estação Sé do metrô.
Serviço
28ª EXPOSIÇÃO
FRANCISCANA DE PRESÉPIOS
Período: 3 de dezembro a 7 de janeiro
Horário de visitação:
- de terça a sábado: das 9h às 17h
- aos domingos: das 8h às 13h
ENTRADA GRATUITA
09/11/2017 15:34:28
Como gesto concreto fiéis podem doar cestas
básicas que serão encaminhadas às famílias atendidas pela Pastoral da Criança
O Convento e
Santuário São Francisco vai celebrar no próximo dia 23 de novembro (23º Domingo
do Tempo Comum), o Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco, no último
dia 13 de junho. Nesta primeira ocasião, o tema escolhido foi “Não amemos com
palavras, mas com obras”. Instituído por Francisco, na conclusão do Ano Santo
extraordinário da Misericórdia, com uma Carta Apostólica intitulada
“Misericórdia e mísera”, o objetivo é ser um sinal concreto do Ano Jubilar.
Segundo o
pároco e reitor do Santuário, Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM, esta é mais uma
oportunidade que o Papa Francisco apresenta a todos os cristãos católicos para
viver a misericórdia. E assim, como gesto concreto, ele convida para que os
fieis tragam cestas básicas até o dia 19 de novembro, no próprio Santuário.
“Depois, vamos encaminhar estes alimentos para as famílias atendidas pela nossa
Pastoral da Criança”, explica ele.
Em sua
mensagem, quando instituiu o Dia Mundial dos Pobres, na ocasião da Festa de São
Antônio, o Papa Francisco inicia com a citação evangélica do tema central:
“Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com
verdade”. Estas palavras do apóstolo São João – diz Francisco – são um
imperativo do qual nenhum cristão pode prescindir. A importância do mandamento
de Jesus, transmitido pelo “discípulo amado” até aos nossos dias, tem pleno
sentido diante das palavras vazias que saem da nossa boca. O amor não admite
álibis: quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo,
sobretudo quando somos chamados a amar os pobres. Aliás, é bem conhecida a
forma de amar do Filho de Deus: “Ele nos amou primeiro, a ponto de dar a sua
vida por nós”. Deste modo, a misericórdia, que brota do coração da Trindade, se
concretiza e gera compaixão e obras de misericórdia pelos irmãos e irmãs mais
necessitados.
Neste
sentido, o Santo Padre fez diversas referências da vida de Jesus, que ecoou,
desde o início, na primeira Comunidade eclesial, que assumiu a assistência e o
serviço aos pobres, com base no ensinamento do Mestre, que proclamou os pobres
“bem-aventurados e herdeiros do Reino dos Céus”. Contudo, aconteceu que alguns
cristãos não deram a devida atenção a este apelo, deixando-se contagiar pela
mentalidade mundana. Mas, o Espírito Santo soprou sobre muitos homens e
mulheres que, de várias formas, dedicaram toda a sua vida ao serviço dos
pobres.
O Papa então recordou
que, nestes dois mil anos, numerosas páginas da história foram escritas por
cristãos que, com simplicidade e humildade, se colocaram a serviço dos seus
irmãos mais pobres. E citou alguns nomes que mais se destacaram na caridade,
como São Francisco de Assis, testemunha viva de uma pobreza genuína. “E
Francisco foi seguido por tantos outros homens e mulheres santos, ao longo dos
séculos. Não se contentou em abraçar a dar esmola aos leprosos, mas decidiu ir
a Gúbio para estar com eles. Ele mesmo identificou neste encontro a viragem da
sua conversão: ‘Quando estava nos meus pecados, parecia-me deveras insuportável
ver os leprosos. E o próprio Senhor levou-me para o meio deles e usei a
misericórdia para com eles. E, ao afastar-me deles, aquilo que antes me parecia
amargo converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo” (Test 1-3: FF 110).
Este testemunho mostra a força transformadora da caridade e o estilo de vida
dos cristãos”, fala o Santo Padre.
O nosso
mundo, muitas vezes, não consegue identificar a pobreza dos nossos dias, com
suas trágicas consequências: sofrimento, marginalização, opressão, violência,
torturas, prisão, guerra, privação da liberdade e da dignidade, ignorância,
analfabetismo, enfermidades, desemprego, tráfico de pessoas, escravidão, exílio
e miséria. A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez
de poucos e da indiferença generalizada.
Por isso, o
Papa conclui sua Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres convidando toda a
Igreja a fixar seu olhar, neste dia, a todos os que estendem suas mãos
invocando ajuda e solidariedade. “Que este dia sirva de estímulo para reagir à
cultura do descarte, do desperdício e da exclusão e a assumir a cultura do
encontro, com gestos concretos de oração e de caridade, para uma maior
evangelização no mundo. Os pobres não são um problema, mas um recurso para
acolher e viver a essência do Evangelho”, conclui o papa.
01/11/2017 10:57:29
Não é uma cena comum de se ver. Quem
estava do lado de fora certamente estranhou quando viu uma Mãe de Santo, um
monge budista e um sheikh entrando no Convento e Santuário São Francisco. Já
quem estava do lado de dentro, e acompanhou todo esse encontro, certamente se
emocionou, principalmente no momento em que a Oração de São Francisco foi
cantada pelo coral e acompanhada por todas essas lideranças religiosas.
O Ato Inter-Religioso pela Paz foi
uma realização do Sefras – Serviço Franciscano de Solidariedade, que anualmente
promove a Semana da Paz, que ocorre no mês de outubro, lembrando um encontro em
favor da paz promovido pelo então Papa João Paulo II, na cidade em Assis, na
Itália, no ano de 1986.
Na ocasião, diversos líderes
religiosos afirmaram que todas as matrizes religiosas são responsáveis por
difundir e apoiar a cultura de paz e da solidariedade. Este encontro foi tão
importante que gerou um movimento chamado “Espírito de Assis”.
E assim, inspirados em Francisco de
Assis, que foi um homem essencialmente voltado para o encontro com o outro e
com o diferente, um homem do diálogo e da paz, é que o Sefras leva adiante esta
programação, que neste ano teve como tema: “Pela Paz, contra todas as formas de
violência”.
Na noite desta terça-feira, 31 de
outubro, participaram a Mãe de Santo Caroline de Xangô (religião de matriz
africana), o sacerdote Brahma Mamesh (hinduísmo hare krishna), reverendo Jorge
(igreja anglicana), monge Daniel Calmanowitz (budista tibetano), sheikh Mohamad
Al Bukai (islamismo), um representante do espiritismo Afonso Moreira Junior
(espiritismo com Allan Kardec) e Frei Fidêncio Vanboemmel (provincial dos
franciscanos, igreja católica). Também fora convidado um representante da
igreja luterana, no entanto, em função das comemorações dos 500 anos da Reforma
Luterana, também ocorrida no mesmo dia, não pode estar presente.
Logo no início, o ato teve o Canto
das Três Raças, de Clara Nunes, como inspiração, seguido de boas-vindas a todos
os presentes. Frei Alvaci Mendes da Luz, pároco e reitor do Santuário, fez a
acolhida, evidenciando que Igreja de São Francisco sempre estará aberta para os
corações que promovem a paz. Em seguida, foi a vez de Frei Vitório Mazzuco,
especialista em Teologia Espiritual e em Espiritualidade Franciscana,
apresentar Francisco, como homem da paz e da solidariedade.
Entre uma fala e outra, cabia ao
Coral de Clara, projeto desenvolvido pelo Sefras, no bairro do Belém, animar o
encontro. A seguir, de forma rápida, mas profunda, cada representação religiosa
falou sobre a paz, conforme praticam em suas particularidades. Sheikh Mohamad
Al Bukai, por exemplo, evidenciou que São Francisco, e tantos outros
personagens ao longo da história da humanidade, como profetas e Jesus Cristo,
continua vivo porque em vida propagou a mensagem de viver para o outro. “Este é
o verdadeiro segredo da eternidade”, completou.
Já frei Fidêncio, o último a se
manifestar, disse que cada palavra soava como notas de uma mesma música, que
apesar das diferenças, estavam na mesma harmonia, longe de desafinarem.
03/10/2017 22:18:53
Caros irmãos e irmãs, Paz e bem!
Nessa noite
santa em que recordamos aquele dia 3 de outubro de 1226, temos duas
possibilidades de celebração: a primeira delas é fazermos uma recordação tranquilizante,
fazendo a memória dos últimos momentos da vida de São Francisco como um mero
acontecimento do passado, deixando-o quase que como em um asilo de paz, de
certa protegido por um filtro de inofensividade. Trata-se apenas da recordação
de um fato acontecido há mais de oito séculos, que em nada toca a nossa vida
concreta, servindo apenas para uma rápida e passageira emoção e, de certa
forma, como um tranquilizante de nossas consciências.
No entanto,
há uma outra forma de memória, que é uma recordação mais desafiadora e até
mesmo desconfortante. Trata-se da recordação do passado da qual surgem novas e
desafiadoras perspectivas para o presente e para o futuro. Essa segunda maneira
de fazermos memória desse trânsito de São Francisco, em que procuramos tirar
lições para a nossa atualidade, talvez esteja mais próxima daquilo que ele
mesmo nos pediu e advertiu, quando na sua sexta admoestação lembrava que seria “uma
grande vergonha para nós, servos de Deus, terem os santos praticado obras
dignas de serem exaltadas e nós querermos receber honra e glória somente por
contar e pregar o que eles fizeram”. (Adm 6).
Assim, creio
que celebrar esse trânsito de São Francisco no mais genuíno espírito de nosso
carisma é mais que simplesmente lembrar e destacar os seus últimos momentos e a
sua passagem para a vida eterna, mas é comprometer-se em tentar descobrir e
vivenciar a mesma proposta que ele abraçou com tanta radicalidade e a maneira
como ele foi construindo a sua vida até chegar ao encontro da sua morte.
Pois bem,
diante disso, penso que celebrarmos hoje a morte de São Francisco, a quem ele
acolheu como sendo irmã, é celebrar e entender, antes de tudo, a sua própria
vida. A maneira como ele viveu determinou a maneira como ele morreu.
Conforme
nos narram as Fontes Franciscanas, não vemos em Francisco um desespero, uma
angústia ou medo apavorante diante do crepúsculo da sua vida. Sua serenidade, a
maneira como celebra e abraça a morte, fazendo daquele momento uma solene e
alegre liturgia, é fruto de uma vida de busca de conformidade com o Senhor. A
maneira como ele viveu, procurando identificar a sua vida àquele a quem Ele
tanto amou, lhe conferiu a capacidade de partir alegre e calmamente aos braços
do Pai. Desse modo, Francisco nos ensina que a nossa morte é preparada também
pela maneira como vivemos. Nossa morte vai ser fruto da maneira como nos
relacionamos com Deus, com as coisas, com o nosso corpo, com as pessoas e com
toda a criação, pois vida e morte são faces da mesma realidade.
Assim, a
celebração o trânsito de São Francisco torna-se também um apelo profético para
a nossa sociedade excludente e geradora de uma morte, que nada tem de irmã e
nem tampouco é querida e desejada por Deus. Trata-se daquela morte gerada pela
negação das condições de dignidade para os mais pobres. Daquela morte que é
fruto do desvio de verbas públicas e do enriquecimento ilícito de tantos.
Trata-se daquela morte prematura dos jovens negros e periféricos de nossas
grandes cidades. Trata-se daquela morte incitada pelo preconceito, pela exclusão
e pelo ódio àquilo que é diferente. Uma morte gerada pela não aceitação das
nossas diversidades de credo, gênero, sexo, raça, cor e condição social. Trata-se
daquela morte gerada pela violência doméstica. Daquela morte gerada pelo nosso
modo de vida consumista e acumulativo. Daquela morte gerada pela indústria
bélica, pelo tráfico de drogas, pela exploração sexual e pelo trabalho escravo.
Trata-se daquela morte gerada pelo desemprego, que assola mais de 13 milhões de
brasileiros. Trata-se, infelizmente, daquela morte incitada e justificada, inclusive,
em nome da fé e de Deus. Daquela morte incitada por pessoas que trazendo a
bíblia debaixo do braço fazem da palavra de Deus uma arma para julgar, condenar
e desqualificar quem pensa, sente, ama, se relaciona e reza diferente.
Diante
dessas tantas mortes, queremos, como Franciscanos, dizer que a morte é bem-vinda
e é irmã somente quando ela é construída por uma vida de justiça e dignidade. Diante
dessas tantas culturas e situações de morte, temos o dever de apresentar ao
mundo a figura de Francisco de Assis, que celebrou a sua morte porque foi um
grande promotor da vida. Ao olharmos a maneira como ele relacionou-se com as
pessoas, com a natureza, com os mais pobres, com as minorias, com os indefesos
e frágeis, iremos entender exatamente porque ele pôde acolher a morte de
maneira tão leve e feliz.
Francisco
nos ensina que só pode morrer bem quem vive bem. Só pode morrer tranquilo e
pacificamente quem soube fazer da sua vida também uma promoção da paz. Só pode
acolher a morte como irmã quem se fez irmão de toda a criatura. Em um mundo
marcado por preconceitos, xenofobia, ódios e divisões, Francisco nos ensina que
para acolher a morte como irmã é necessário, antes de tudo, ser irmão de toda a
criatura.
Portanto,
celebrar a morte alegre e feliz de Francisco significa fazer memória de uma
vida de penitência e conversão. De uma vida que não cedeu aos apelos da
apropriação, do poder, do domínio, do acúmulo, da corrupção, da mentira, da
exclusão, do legalismo, da falsa moralidade e da sedução das coisas mundanas.
Que nessa
noite façamos da celebração da morte desse grandioso sol de Assis também um
apelo à nossa própria conversão e uma releitura crítica da nossa própria vida.
Que aprendamos com São Francisco que a vida e a morte são uma opção, uma
escolha de um caminho. Que assim como ele optou em viver a sua vida dentro do
caminho das bem-aventuranças e, consequentemente, encontrou-se com a morte com
alegria e desprendimento, que nós também possamos viver a nossa vida de acordo
com a proposta de Jesus, fazendo opções realmente evangélicas e em favor dos
últimos, de modo que ao chegarmos ao termo de nossa existência também possamos
acolher a morte não como inimiga, mas como irmã e como porta de acesso à vida.
Que como
São Francisco, possamos um dia dizer: louvado sejas meus Senhor pela nossa
irmã, a morte corporal. Paz e bem!
Frei Diego Atalino de Melo
26/09/2017 20:26:19
Em 2017 o Convento e Santuário São Francisco
também celebra 370 anos de atividades. O convento foi fundado em 17 de setembro
de 1647. Recentemente, ganhou uma nova pintura na fachada, resgatando as cores
originais.
A
Festa de São Francisco deste ano, no Convento e Santuário São Francisco, terá a
presença do Pe. Zezinho, scj. Ele confirmou que irá celebrar a última missa de
4 de outubro, às 18 horas. O sacerdote é considerado um dos maiores nomes da
música cristã e pioneiro do gênero no Brasil. Além de cantar, desde 1967,
começou a compor em 1964. Em 2010 recebeu a indicação para concorrer ao Grammy
Latino, na categoria “Melhor Álbum de Música Cristã, em português”.
Seu programa de rádio é gerado para várias
emissoras do país, além de apresentar um programa na TV Século XXI. Entre suas
canções mais conhecidas estão Um Certo Galileu, Maria de Nazaré, Amar Como Jesus Amou, Oração pela Família e Maria
da Minha Infância.
Antes da missa das 18 horas, outras
sete celebrações estão programadas, praticamente de hora em hora: 7h30, 9
horas, 10h30, 12 horas, 13h30, 15 horas e 16h30. A programação diária ainda
inclui benção das criaturas (com os freis dos santuários abençoando os animais
de estimação), stand de adoção de animais, stand vocacional, stand do Zoológico
de São Paulo, apresentações culturais, mini quermesse e a venda do tradicional
bolo de São Francisco, com medalhinhas do santo em seu recheio.
Novena
Até 3 de outubro também acontece a
Novena de São Francisco. As missas, de terça a sábado, são celebradas às 15
horas. No domingo às 10h30 e na segunda às 12 horas.
Já no domingo, 1 de outubro, às
9h30, uma procissão sairá do Mosteiro de São Bento, seguindo até o Convento e
Santuário São Francisco, com missa presidida pelo Abade do Mosteiro, Dom
Mathias. Também estarão presentes outros monges beneditinos, frades carmelitas
e frades dominicanos.
Na segunda a animação contará com a
presença dos Frades Menores, Frades Capuchinos, Conventuais e da TOR. Enquanto
na terça a missa será presidida pelo Pe. Francisco das Chagas, com animação da
Juventude Franciscana, Ordem Franciscana Secular e Irmãs Franciscanas.
Outras atividades
Reconhecido patrono da natureza e dos animais, São Francisco estará
mais perto dos animais do Zoológico de São Paulo na segunda, dia 2, às 15
horas. Os freis do convento farão a tradicional benção no Zoo.
Já na terça a família franciscana lembra o Trânsito de São Francisco –
a celebração em memória de sua morte. Às 18 horas acontece a celebração, com
encenação e um coro de vozes masculinas acompanhando este solene momento.
Convento e Santuário São
Francisco
Atualmente, 18 frades vivem no Convento e
Santuário São Francisco e se revezam em diversos serviços e trabalhos
pastorais, tais como atendimento de confissões, celebrações eucarísticas,
aconselhamento espiritual, acompanhamento vocacional, bem como no cuidado e no
acolhimento dispensado à população de rua e na busca por justiça social.
20/09/2017 17:07:15
NOVENA E FESTA DE SÃO FRANCISCO – 2017
23 de Setembro, sábado
24 de Setembro, domingo
01 de Outubro, domingo
02 de Outubro, segunda-feira
03 de Outubro, terça-feira
Novena de São Francisco
De 25 de Setembro a 3 de Outubro
Segundas: 12h – Terça à Sabado: 15h – Domingo: 10h30
04 de Outubro, quarta-feira – Dia de São Francisco
Missas ao longo do dia
Bênção das Criaturas
Apresentações Culturais
Mini Quermesse
E muito mais!
17/09/2017 20:31:08
Missa presidida pelo Cardeal de São Paulo teve ainda a leitura de uma
carta encaminhada pelo Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael
Perry e o lançamento do livro que reconta a trajetória do convento
Do lado de
fora a nova pintura da fachada do Convento e Santuário São Francisco dava as
boas-vindas às centenas de pessoas que ali compareceram para celebrar a festa
da Impressão das Chagas de São Francisco e os 370 anos do Convento. Uma
campanha que só foi possível graças a inúmeros benfeitores e colaboradores que,
desde o começo do ano, assumiram o compromisso dessa obra, trazendo novamente
as cores originais do prédio.
Do lado de
dentro, tudo pronto para a grande festa. Flores, novas alfaias e toalhas, e o
coral pronto para dar ainda mais brilho à missa que foi presidida pelo Arcebispo
de São Paulo, Dom Odilo Pedro Cardeal Scherer, às 10h30.
Logo em sua
saudação inicial ele fez referência à história e ao trabalho dos franciscanos
na capital. “Hoje, celebrando aqui, quero aproveitar para agradecer, em nome da
Igreja de São Paulo e da Arquidiocese, à comunidade franciscana por toda a
contribuição dada à vida e à missão da Igreja em São Paulo. E também quero
incentivar e encorajar os freis que hoje estão aqui, que formam a comunidade do
Convento e são os continuadores de uma obra que começou há muito tempo e
produziu tantos e belos frutos, a continuarem a dar esse testemunho
franciscano, tão rico e belo, para a cidade de São Paulo”.
Ao lado de
Dom Odilo, outros freis concelebraram essa festa: Frei César Külkamp – vigário
provincial, Frei Alvaci Mendes da Luz – pároco e reitor do Santuário; Frei
Mário Tagliari – guardião do Convento; Frei Gustavo Medella – definidor
provincial; Frei Germano Guesser – pároco do Pari; e outros sacerdotes da
Fraternidade. Também estavam presentes leigos franciscanos da OFS, Jufra,
religiosos e religiosas da cidade e região e os fiéis do Santuário.
Durante sua
homilia, o Cardeal de São Paulo recordou o tempo de fundação do Convento e o
pioneirismo dos franciscanos, que formam uma das mais antigas comunidades
religiosas masculinas em São Paulo, ao lado dos jesuítas, beneditinos e
carmelitas. E recordou ainda dos vários franciscanos que foram bispos e
arcebispos de São Paulo, entre eles Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o Cardeal
Dom Cláudio Hummes.
Ao falar da
solenidade das Chagas de São Francisco recordou da profunda crise que ele
vivia, isso no ano de 1224. “Francisco viveu, digamos assim, uma profunda crise
de busca, de angústia, interrogando-se sobre a decisão que tinha tomado e se
era mesmo este caminho. Os santos podem nos parecer pessoas que tomam decisões
sem muitos problemas. Mas ao contrário disso, os santos tomam decisões sérias
na vida e depois pagam caro por elas. Podem ler na vida de todos os santos e
mártires. Mesmo os santos místicos. Pagam caro pela decisão de abraçar
inteiramente a graça de Deus. E, por isso, eles também passam por momentos de
angústia, de incertezas, e buscam a luz de Deus e a resposta de Deus para o
passo a ser dado. Não foi diferente com São Francisco”, explicou o Cardeal.
“Foi assim
que rezando nas montanhas centrais da Itália, no Monte Alverne, que ele teve
este momento de grande experiência mística de resposta de Deus. Resposta de
Deus, de Jesus Cristo, para a sua busca. E assim apareceram as chagas de Cristo
em seu corpo. Francisco, em vez de ficar apavorado, passou a viver muito
serenamente, compreendendo que era a resposta de Deus”, observou D. Odilo.
Para o Arcebispo,
as chagas de Cristo no corpo de Francisco era sua identificação sempre mais
profunda com Cristo e com o Cristo sofredor, obediente ao Pai, com Cristo
expressão da máxima misericórdia de Deus pela humanidade, que se entregou
inteiramente por amor à humanidade ao ponto de se deixar pregar na cruz. E foi
a partir destes Estigmas, segundo o Cardeal, que Francisco pôde viver
plenamente entregue à graça de Deus. “Pôde viver plenamente entregue à
misericórdia de Deus. Não mais pretendendo nada de si e de suas capacidades
humanas. O que contava, agora, para ele era ser todo de Cristo, ser todo de
Deus, para assim ser todo dos irmãos, ser todo da humanidade, ser tudo da obra
de Deus. É por isso que ele expressa de maneira tão bonita quando diz ‘Meu Deus
e meu Tudo’. Tudo o resto é pequeno diante deste Grande Bem e Supremo Bem, o Sumo
Bem, este Bem que Jesus diz que não se pode nunca perder e nem trocar por
nenhum outro”, completou.
Mensagens e agradecimentos
A
missa seguiu com seus ritos. Durante o ofertório, crianças da catequese fizeram
referência a alguns momentos da vida de Francisco. Da riqueza ao encontro com os pobres e doentes. Da conversão ao
entendimento de sua missão.
Já após a Comunhão,
coube ao vigário provincial, Frei César, ler a mensagem do Ministro
Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, que, em tese, escreveu:
“Francisco de Assis, continuamente, nos interpela a reconstruir a Igreja e a
sociedade diante dos tantos desafios e exigências da presença de vocês nesta
comunidade e os convido, nestes 370 anos, a renovar suas forças na missão que o
Senhor lhes confiou. O trabalho é árduo e os desafios são muitos, contudo, é
preciso recomeçar sempre. Recomeçar porque até agora pouco ou nada fizemos, nos
recorda o Seráfico Pai”.
Frei Alvaci
Mendes da Luz, fez ainda os agradecimentos finais, não deixando de citar todos
que fizeram e fazem a história do Convento. “Agradeço ao Cardeal que aceitou
prontamente o convite de celebrar essa Missa de Ação de Graças. Agradeço aos
confrades e ao Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, na pessoa de Frei
César Külkamp, o vigário provincial, todas as pastorais e movimentos deste
Santuário e Igreja Paroquial, que tem vida neste centro de São Paulo, que
movimenta e faz história”, disse.
Por fim, fez
referência à pintura da fachada. “Quero agradecer às pessoas que nos ajudaram
na campanha pela pintura da fachada desta igreja. Obrigado à Igreja de São
Paulo por acolher os franciscanos. E como dizem os franciscanos, Paz e bem!”,
desejou.
Antes da
benção final o jornalista Rafael Faria, que coordenada a Pastoral da Comunicação
do Santuário, entregou a Dom Odilo um exemplar do novo livro que conta essa
história de 370 Anos, e que pode ser adquirido, a partir deste domingo, na
lojinha da igreja.
“Que este
aniversário dos 370 anos seja mais um belo momento desse ‘fazer história’. Que
o carisma franciscano, que é sempre atual, porque é o carisma do Evangelho, é
coração do Evangelho, possa ajudar a Igreja se renovar nesse tempo que
precisa muito!”, disse D. Odilo, concluindo a celebração.
15/09/2017 20:15:13
Frei Alvaci, atual pároco e
reitor, direcionou a visita, retratando curiosidades históricas que fazem parte
da formação do povo cristão da capital
Por volta das 20 horas a frente
do Teatro Municipal de São Paulo já estava tomada de gente. Desta vez, o
destino da Caminhada Noturna, que há 13 anos mobiliza interessados na história
do centro da capital paulista, era o conjunto franciscano, localizado no Largo
São Francisco que, neste domingo, completa 370 anos de fundação.
Carlos Beutel, empresário que
idealizou o projeto, disse inicialmente que o foco dessa ação é sempre conhecer
para cuidar e respeitar. “Cabe a cada um de nós o zelo pela nossa história”,
completou ele.
Pároco e reitor do Santuário São
Francisco, o frei Alvaci Mendes da Luz deu as boas-vindas aos visitantes ainda
no Municipal e explicou que a visita passaria pelas duas igrejas que compõe
essa história, além dos ambientes internos, incluindo um mausoléu.
Mas, a primeira parada foi frente
à Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca. Afinal, foi ali que, em 1639,
inicialmente se estabeleceram os sete frades vindos dos Rio de Janeiro e que
deram início ao Convento de São Francisco, com sua inauguração em 1647.
Mais alguns minutos de caminhada
e a chegada ao destino. Frei Alvaci logo tratou de distinguir os três prédios,
incluindo também a Faculdade de Direito cujo atual terreno pertencia aos freis
com seu antigo convento. Ele falou dos conflitos que dominaram a época até a
inauguração do novo prédio da faculdade, ocorrido em 1930.
Antes de entrar nas igrejas a
contemplação da nova pintura. Durante os meses de 2017 foi realizado um intenso
trabalho que angariou recursos para resgatar as cores originais do Santuário
São Francisco.
Igrejas
A Igreja das Chagas do Seráfico
Pai São Francisco, da Ordem Terceira, foi a primeira a ser visitada. O espaço,
mantido pelos leigos franciscanos, chama a atenção pelo dourado muito presente
em seus detalhes e também pela imagem de Francisco de Assis recebendo a
impressão das chagas de Cristo em seu corpo.
A sacristia, o claustro e também
o mausoléu – onde figuras importantes de São Paulo, como o Major Tobias de
Aguiar, estão sepultadas, fizeram parte da visitação.
Já na igreja principal, de São
Francisco, Frei Alvaci completou relatos da história, destacando detalhes da
construção das paredes em taipa de pilão, até o incêndio de 1880 que deixou
apenas a estrutura das próprias paredes e as imagens de São Francisco e de
Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ambas do século XVII, ambas resgatadas
pelos freis.
Detalhes da vida de Santo Antônio
de Sant´Ana Galvão (Frei Galvão), que morou no convento por 60 anos, também
foram lembrados, da mesma forma que os pães, feito pelos frades e vendidos na
porta da igreja, e as obras sociais realizadas.
O grupo pode ainda visitar as
exposições em cartaz por ocasião dos 370 anos. A primeira com quadros do pintor
Edu das Águas, que retratam ambientes internos e externos do Santuário. A
segunda com fotos de Douglas Mansur sobre o também franciscano Dom Paulo
Evaristo Arns, falecido aos 95 anos em 2016.
Impressões
A cada explicação os olhares das
mais de 250 pessoas que acompanharam a visita se mostravam atentos. Não
faltaram fotos e questionamentos. Segundo o coordenador do grupo, Carlos
Beutel, mais uma vez o movimento superou as expectativas. “Isso acontece sempre
que visitamos o Santuário. As pessoas gostam deste lugar. É uma das caminhadas
mais bonitas que realizamos”, disse ele.
A professora Kassiana Amorim, que
acompanhou um grupo de 60 alunos do curso de Pedagogia da Faculdade Sequencial
reconheceu o momento como fundamental para integração de história e fé.
“Conhecer a cultura da nossa cidade é fundamental. Mas hoje tivemos ainda uma
vivência histórica e que também fortalece a nossa fé. É uma forma diferente de
viver a religiosidade no local onde moramos”.
Motivo que também atraiu o
aposentado Renato Lisboa de Santana. “Hoje tivemos um encontro entre fé e a
história da nossa cidade. Muitos detalhes que precisam e devem ser conhecidos
por todos”, completou.
Comemoração
Já
neste sábado (16 de setembro) duas novas visitas estão programadas, também para
comemorar os 370 Anos do Santuário. Desta vez, além das igrejas estarão abertas
as instalações da Faculdade de Direito.
Elas
ocorrem às 9h e às 13h30, com inscrições na Secretaria do Santuário: (11)
3291-2400.
Já às
16 horas a Orquestra Arte Barroca apresenta um concerto de música erudita, com
destaque para Clássicos em seu repertório, tudo gratuito. Enquanto no domingo,
dia 17, uma missa irá festejar essa história, com destaque para a Solenidade da
Impressão das Chagas de São Francisco e os 370 anos de fundação do Convento e
Santuário São Francisco.
Serviço
16 de Setembro - Sábado
·
9h
e 13h30: Visitas Monitoradas pelas Igrejas e Faculdade de Direito
·
16h
horas: Concerto de Música Erudita, com a Orquestra Arte Barroca
17 de Setembro – Domingo
·
9
horas: Oração das Laudes Festivas na Igreja de São Francisco das Chagas
·
10h30:
Missa Solene presidida pelo cardeal Dom Odilo Pedro Scherer;
Lançamento
do Livro: “Convento e Santuário São Francisco - 370 anos de História, Acolhida
e Fé no Coração de São Paulo”;
Inauguração da nova
pintura da fachada
14/09/2017 17:31:32
Convento franciscano
recebeu grupo de quase 50 pessoas para uma roda de conversa sobre o “cardeal
dos pobres”
A
roda de cadeiras dispostas no Salão São Dâmaso, no Santuário São Francisco, foi
ficando maior conforme o relógio se aproximava das 16h30, horário marcado para
iniciar uma das atividades propostas para setembro, mês em que essa grande casa
franciscana completa 370 anos. O formato circular tinha um propósito: tornar o
ambiente acolhedor o suficiente para que fosse um encontro entre amigos.
E
assim foi. No último sábado (02), um dia após a abertura da exposição
fotográfica que homenageia o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, pessoas que conviveram com ele se dispuseram
a contar, numa roda de conversa, um pouco mais sobre sua trajetória junto aos
mais necessitados, o que lhe rendeu o apelido de “cardeal dos pobres”, e também
sobre sua forte atuação pelos direitos humanos, especialmente no período da
ditadura.
Ao
todo, quase 50 pessoas participaram do encontro, entre eles: Paulo Petrini, coordenador
da Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo; Maria Célia Rossi, militante
do Movimento Popular de Saúde; Padre João Drexel, missionário oblato de Maria
Imaculada; Irmã Maria José Mendes, provincial das Irmãs Franciscanas da Ação
Pastoral; e Belisário dos Santos Junior, membro da Comissão de Justiça e Paz.
Depoimentos emocionados
Logo no início, o pároco e reitor do Santuário São Francisco, Frei Alvaci Mendes da Luz (OFM), agradeceu a presença de todos e lembrou o fato de que Dom Paulo tinha formação franciscana e, por isso, não havia melhor lugar para lembrá-lo do que na casa franciscana mais antiga de São Paulo. “É uma feliz coincidência que estejamos celebrando o aniversário de 370 anos e, como parte disso, relembrando também a história de Dom Paulo, que sempre teve muito carinho por esse espaço e nunca esqueceu suas origens franciscanas”, comentou Frei Alvaci.
Pouco
a pouco, cada um dos amigos de Dom Paulo começou a se pronunciar. Lembraram de
como o conheceram pessoalmente, dos episódios mais marcantes que tiveram com
ele, bem como destacaram alguns grandes momentos de sua trajetória religiosa.
O
advogado Belisário dos Santos Júnior, por exemplo, que conduziu a defesa de
diversos presos políticos durante a ditadura, enfatizou a influência positiva
de Dom Paulo na intermediação de conflitos com os militares. Para exemplificar,
citou uma visita do religioso ao Paraguai. “Ele pediu a liberdade de militantes
que estavam presos em Assunção e o exército o atendeu”, contou Belisário.
“Depois disso, costumávamos brincar que ele era o ‘cardeal habeas corpus’, pois
soltava presos até no Paraguai”, relembrou.
Outro
depoimento que chamou a atenção foi do jornalista Ricardo Carvalho, que se
mostrou contente ao ver um grupo de adolescentes presente no encontro. “É muito
bom ver rostos jovens num encontro como esse, pois estamos reunidos para falar
do passado, mas também pensando no futuro”, ressaltou. Conhecedor da vida de
Dom Paulo, Carvalho presenteou os dois adolescentes mais novos do grupo com o
livro “O cardeal e o repórter”, obra que conta histórias que o jornalista viveu
com ele. Além disso, adiantou que está produzindo um documentário chamado
“Esperança: as muitas vidas de Dom Paulo”, previsto para estrear ainda no final
deste ano.
Os caminhos de Dom Evaristo Arns em São
Paulo
Ainda
como forma de homenagear o cardeal que se tornou símbolo da luta por justiça
social e resistência à opressão política, o Santuário São Francisco sedia até o
dia 4 de outubro a exposição fotográfica “Os caminhos de Dom Evaristo Arns em
São Paulo”, que reúne mais de 90 fotografias, feitas entre 1980 e 2016. As
imagens, registradas pelo fotógrafo Douglas Mansur, retratam momentos
importantes da Igreja Católica sob a ótica humana de Dom Paulo, falecido no ano
passado.
11/09/2017 11:53:40
“Os caminhos
de Dom Paulo em São Paulo” é o título da exposição fotográfica de Douglas
Mansur, em homenagem aos 95 anos do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, falecido
em dezembro do ano passado. São 95 fotografias, feitas entre 1980 e 2016,
que retratam momentos importantes da Igreja Católica, sob a ótica humana
e progressista do chamado “cardeal dos pobres”.
A abertura da
exposição será no próximo dia 1 de setembro, às 12 horas. Já no sábado, dia 2,
também no Santuário, às 16h30, acontece uma roda de conversa sobre a trajetória
de Dom Paulo. Estarão presentes Margarida Genevois – ex-presidente da Comissão
de Justiça e Paz, Antônio Carlos Fester – membro da Comissão de Justiça e Paz
da Arquidiocese de São Paulo, Paulo Petrini – coordenador da Pastoral Operária
Metropolitana de São Paulo, Celia Rossi – militante do Movimento Popular de
Saúde, Padre João Drexel – missionário oblato de Maria Imaculada, Irmã Maria
José Mendes – provincial das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral e Belisário
dos Santos Junior – membro da Comissão de Justiça e Paz.
O fotógrafo
Desde o
início da década de 1980, Douglas Mansur registra imagens dos movimentos
sociais, das Comunidades Eclesiais de Base, da hierarquia da Igreja Católica,
da caminhada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e do sindicalismo
brasileiro. Ele detém um riquíssimo acervo, com imagens de importantes
acontecimentos das lutas sociais e políticas do Brasil.
Mansur
explica: “Fotografar é eternizar os momentos para que as próximas gerações
possam sentir, olhar e aprender com eles o que hoje estamos
construindo”. Foi com esse objetivo que ele preparou a homenagem a Dom
Paulo Evaristo Arns, cardeal que se tornou símbolo da luta por justiça social,
resistência à opressão política e de respeito e valorização à vida e à
dignidade humana.
A exposição
de Douglas Mansur é uma emocionante homenagem e também um alerta para que nós
não esqueçamos o passado, pois nele há lições importantes que nos
ajudam a traçar no presente o rumo de um futuro melhor.
Serviço
Exposição “Cores da Fé”
Visitação até 4 de outubro
11/09/2017 11:52:27
Já são 60
anos dedicados à pintura. Eduardo Marques de Jesus ganhou o apelido graças à
paixão por pintar os rios onde, no seu entorno as cidades se formaram. Seu
olhar apurado já esteve diante do rio Hudson, em Nova Iorque, do Tâmisa, em
Londres, do Singapura, e também realizou o sonho, em 2010, de eternizar na tela
o rio Jordão, em Israel. Mas nada se compara à infinita coletânea que nasceu
diante do criticado, esquecido e maltratado rio Tietê, aqui mesmo em São Paulo.
Edu atuou
ainda como ilustrador, diretor de arte e chefe de criação em grandes agências
de publicidade. Palestrou em workshops. Ganhou prêmios, como a Medalha de Ouro
da Marinha Brasileira pela sua trajetória junto aos rios. Seus trabalhos já
percorreram o mundo, com exposições em amostras coletivas e individuais.
Maria
Betânia, Milton Nascimento e o craque Pelé, além de muitos anônimos. Flores, a
beleza pura do Pantanal e várias praias. Tudo em seus quadros. Mas,
ultimamente, nada lhe chama mais a atenção que sua rica e suntuosa cidade, São
Paulo. E foi assim, em busca de novos ângulos, que se permitiu encantar pela
riqueza do Convento e Santuário São Francisco de Assis.
Dessa forma,
ao completar 370 anos, esta casa franciscana ganha um presente, compartilhando
também com os fiéis que aqui se dirigem as riquezas desse trabalho que não se
limita a apresentar paredes, mas uma história viva de acolhida e fé.
Serviço
Exposição “Cores da Fé”
Visitação até 4 de outubro
11/09/2017 11:26:10
Reforma feita a partir
da ajuda dos fiéis trouxe novas cores a um dos prédios mais antigos da capital
paulista
Até a penúltima
semana de agosto, quem chegava ao Santuário São Francisco se deparava com uma
enorme estrutura de aço montada bem em frente à igreja. Isso porque, em
preparação para grande festa do aniversário de 370 anos da casa franciscana, comemorado
em 17 de setembro, foi elaborado um projeto de melhorias que incluiu a pintura
da fachada. O último procedimento desse tipo aconteceu há mais de 10 anos,
quando a igreja foi restaurada.
Conforme o
pároco e reitor do Convento e Santuário São Francisco, Frei Alvaci Mendes da
Luz (OFM), a reforma vai muito além da estética. “Não é uma questão de beleza
externa, mas de conservar um patrimônio histórico e continuar acreditando nessa
obra franciscana, construída a muitas mãos e por mais de três séculos”, afirma.
Atendendo às normas, uma nova rampa foi instalada na entrada, com intuito de
garantir que todos tenham fácil acesso, não apenas os cadeirantes, mas também
idosos e demais pessoas com mobilidade reduzida.
As obras
foram iniciadas em março, após uma campanha de arrecadação para arcar com os
custos. “Por ser um imóvel tombado pelo patrimônio histórico, todo o processo
acaba sendo mais burocrático e caro. Felizmente, com a ajuda de doações, a
reforma ficou pronta a tempo da festa de 370 anos do Santuário e será mais um
motivo para comemorarmos junto à comunidade”, ressalta Frei Alvaci.
Comemoração
dos 370 anos de história no coração de São Paulo
Localizado
no Largo São Francisco, na região central da capital paulista, o Convento e
Santuário São Francisco foi inaugurado oficialmente em 17 de setembro de 1647. Para
celebrar esses anos todos de história, uma grande programação está prevista
para o mês de setembro. Haverá caminhada noturna com visita monitorada pelas
dependências do Santuário, concerto da Orquestra Arte-Barroca, apresentação de
um grupo de flauta, lançamento de uma nova edição do livro que conta a história
do Santuário São Francisco, entre outras atividades. Os destaques são duas
exposições gratuitas que estarão abertas ao público durante todo o mês.
A mostra “Cores
da Fé”, que será aberta ao público em 1º de setembro, às 12 horas, poderá ser
visitada até 4 de outubro. Composta por pinturas feitas pelo artista plástico
Eduardo Marques de Jesus, mais conhecido como “Edu das Águas” por sempre
retratar rios em seus trabalhos, os quadros retratam ambientes externos e
internos do Santuário.
A partir do
dia 1º, o público também poderá visitar “Os caminhos de Dom Paulo em São Paulo”
– título da exposição fotográfica de Douglas Mansur, em homenagem aos 95 anos
do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, falecido em dezembro do ano passado. Ao
todo, são 95 fotografias, feitas entre 1980 e 2016, que mostram momentos
importantes da vida do cardeal que se tornou símbolo da luta por justiça
social, resistência à opressão política e de respeito e valorização à vida e à
dignidade humana.
Convento
e Santuário São Francisco
Atualmente,
18 frades vivem no Convento e Santuário São Francisco e se revezam em diversos
serviços e trabalhos pastorais, tais como atendimento de confissões,
celebrações eucarísticas, aconselhamento espiritual, acompanhamento vocacional,
bem como no cuidado e no acolhimento dispensado à população de rua e na busca
por justiça social.
08/08/2017 09:30:37
A próxima sexta-feira, 11 de Agosto, será de festa
para a Família Franciscana. É dia de Santa Clara de Assis, uma das Santas mais
amadas, que viveu no século XIII, contemporânea de São Francisco.
A história nos diz que o Papa Gregório
IX escreveu as primeiras orientações para as mulheres da comunidade
de Santa Clara. Mas depois Clara tomou as coisas em suas
próprias mãos.
Na verdade, os historiadores católicos
consideram Santa Clara a primeira mulher a escrever uma regra, ou um
conjunto de diretrizes, para a sua comunidade religiosa. Numa época em que a
maioria das comunidades religiosas vivia de acordo com regras escritas por
homens, a decisão de Clara de compor uma regra para sua própria
comunidade foi um gesto ousado.
São João Paulo II, falando às Clarissas do
Protomonastério de Santa Clara, falou da importância da vida contemplativa das
Clarissas. “Não sabeis vós, escondidas, desconhecidas, quanto sois importantes
para a vida da Igreja: quantos problemas, quantas coisas dependem de vós. É
necessário a redescoberta daquele carisma, daquela vocação. Faz-se mister a
redescoberta da legenda divina de Francisco e Clara”.
Para celebrar a data dedicada a esta querida santa
franciscana, o Santuário São Francisco preparou um tríduo, e todas as missas
celebradas em 11 de Agosto, no nosso Santuário, serão em honra à "Dama da
Pobreza", como ficou conhecida.
Celebre
conosco!
8 a 10 de
Agosto – Tríduo de Santa Clara
·
15 horas – Missa: pregador Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
1º dia: Santa Clara
Franciscana
2º dia: Santa Clara Mulher
3º dia: Santa Clara esposa
de Jesus Cristo
11 de Agosto
– Festa de Santa Clara
·
Missas Solenes durante todo o dia: 07h30,
10h30, 12h, 15h e 18h
·
10h30: Celebração do Jubileu de 190 Anos de fundação da
Faculdade de Direito do Largo São Francisco
31/07/2017 12:20:00
O último sábado de
julho (29) foi de festa para os voluntários da Pastoral Porta Aberta. Durante a
missa das 12 horas puderam celebrar os 47 anos de atividades do grupo que
nasceu, precisamente, em 20 de julho de 1970, por iniciativa de Frei Edgard Weist (falecido recentemente) e um
grupo de pessoas.
Considerado
pioneiro na América do Sul, a Porta
Aberta é uma obra social que funciona nas dependências do Convento e Santuário
São Francisco, com plantões de terça a domingo, com seus voluntários à
disposição para ouvir quem ali se dirige para um desabafo, uma simples conversa
e receber também palavras de acolhimento.
“Meu pai, Décio José Ohl, foi um dos precursores
deste grupo. Hoje me sinto honrada em dar continuidade a esse trabalho de escuta
e apoio a quem vem até nós para compartilhar seus problemas e angústias”, fala
Eliane Ohl que integra a equipe formada por mais 11 plantonistas.
“Muitas vezes nem falamos nada e a pessoa que chega
até nós sai agradecendo. Pois oferecemos o que ela precisava: ser ouvida”,
completa.
Saber ouvir
A Porta Aberta funciona de forma
totalmente gratuita.
Pessoas das mais variadas
profissões, como pedagogos, psicólogos, advogados e donas de casa, se revezavam
nos plantões de atendimento pessoal. Para isso, seguem um código de ética onde
constam várias orientações de conduta para os voluntários.
Esse código define que os atendentes
não devem aceitar nenhum caso profissionalmente, nem fazer promoção política. É
necessário ser discreto e manter o sigilo em relação aos casos que se atende,
assim como ater-se aos limites de sua vivência e capacidade, não fazendo
diagnóstico ou análises técnicas quando o voluntário não tem formação
profissional para tanto.
Outra orientação é atuar mais no
campo do testemunho que do conselho: “não importa tanto o diagnóstico, mas a
vivência e a segurança que a pessoa vê estampada em nós”. A função principal do
programa desde o início foi saber ouvir, oferecendo aos que procuram a Porta
Aberta a amizade que muitas vezes, não se encontra em serviços profissionais.
Hoje apesar de uma significativa
redução dos atendimentos em relação ao período de fundação, a Porta Aberta
continua prestando este importante serviço social. Atualmente, os principais
problemas apresentados pelos que procuram o programa referem-se a questões
ligadas à família. Nossa função maior é ouvir, fazer com que as pessoas
encontrem carinho e, assim, descubram seus próprios caminhos e respostas.
Atendimentos
3ª feira: 9h às 15h
4ª feira: 10h às 12h e 13h às 17h
5ª feira: 9h às 13h
6ª feira: 11h às15h
Sábado: 9h às 11h
Domingo: 10h às 12h (1º e 2º), 11h às 13h (3º),
e 9h às 11 (4º)
28/07/2017 12:33:44
O próximo domingo, 30 de julho, será marcante
para a vida de alguns adultos que durante este mês de julho participaram do
curso intensivo de catequese, também chamado de catecumenato, oferecido pelo
Santuário São Francisco.
Com 22 participantes, cinco deles serão
batizados na missa das 10h30, enquanto 14 recebem a Primeira Eucaristia. Já no
final do ano, conforme agenda de Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar
da Arquidiocese na Região Sé, será a vez daqueles que serão crismados.
O catecumenato tem como principal objetivo proporcionar
uma preparação para esses sacramentos para pessoas que já ultrapassaram a idade
média das turmas tradicionais de catequese.
“É
um desafio do tempo presente. Muitos já possuem uma vivência na fé católica e
buscam se aprofundar e seguir, mais do que uma tradição, um modelo de vida com
o desejo de servir ao Senhor Deus em sua vida particular, familiar, comunitária
e social”, explica frei Jhones Lucas Martins, OFM, responsável pela formação do
grupo.
Aluno
do 1º ano de Teologia, frei Jhones esclarece que a responsabilidade daqueles
que aceitam trilhar esse caminho só aumenta. “Sacramento não é mágica ou
certificado, mas implica em mudança e exemplo de vida, em todas as dimensões”,
completa.
Durante
os encontros, realizados nestas quatro semanas, de segunda à sexta, e sempre à
noite, os participantes puderem se aprofundar na figura de Jesus, seus
ensinamentos, o que é a Bíblia, a missa, além de muito conversarem sobre
espiritualidade, mandamentos da Igreja e como o cristão católico deve se
portar.
Michelle
Neves, catequista que durante o ano já acompanha os adultos nessa formação,
também colaborou nesse trabalho intensivo, e se mostra surpresa com os
resultados. “Tivemos aqui pessoas que vieram até de outras cidades da região.
Vieram inquietos, cheios de dúvidas, mas sei que sairão repletos da certeza de
que esse caminho é para todos, não importa o momento em que essa decisão foi
tomada”.
Prova
disso é Maria Anita Esteves Damy. Aos 68 anos vive a expectativa de receber o
Sacramento do Crisma. “Por diversas situações deixei passar, e até achei que
isso nem mais seria possível. Mas foi na missa de 7º dia de falecimento da
minha mãe, aqui no Santuário, que ouvi o recado e tomei a decisão”, conta.
Hoje
ela já se sente diferente, e mais completa. “Tive um reavivamento da minha fé.
Várias dúvidas foram esclarecidas e saio daqui com a certeza de que a Igreja de
Cristo não é punitiva, mas sim acolhedora e todo amor”.
Única
católica de sua família, Fernanda Cristina Dantas Puzoni tem 18 anos, e veio de
Poá para o curso. Ela já fala em fazer a consagração à Nossa Senhora. “Mas eu
precisava dos sacramentos para viver essa fé de forma ainda mais intensa”. De
férias na faculdade, não pensou duas vezes quando soube desses encontros. E no
sábado, já participará da confissão, junto aos demais, pronta para ser batizada
e, pela primeira vez, receber o Cristo em Eucaristia.
27/07/2017 17:08:52
Em missa na
Igreja de São Gonçalo, na Praça João Mendes, na noite do último dia 5 de julho,
Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé,
conferiu o mandato a novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc)
e renovou o de antigos Ministros, pelo período de três anos.
Agentes do
Convento e Santuário São Francisco estiveram presentes e ouviram, durante a
homília que todos os Mesc “são bem-aventurados, pois foram chamados por Deus
para serem protagonistas das Bem-aventuranças”, segundo as palavras de Dom
Eduardo. Ele também lembrou que cada Ministro “é chamado a ser um promotor da
paz, da justiça, da misericórdia e do amor de Deus”. Falou, ainda, que ser
ministro não é apenas servir o altar, mas estar a serviço de todos os que
precisam de uma palavra amiga; e pediu que “todos procurem caminhar unidos com
seus párocos e vigários” e “ir ao encontro de todos os que sofrem”.
Atualmente o
Convento e Santuário São Francisco conta com 20 ministros, já incluindo os
novos membros: Armandina, Eloisa, Elce, Felipe, Luiz Carlos, Mônica, Maria José
e Marcela, que professaram diante de Dom Eduardo o seu compromisso de servir a
Deus.
O ministro
Valter Ulbriecht, que coordena o grupo, falou da emoção do momento e da grande
responsabilidade que carregam. “Somos aqueles que levam o Cristo vivo a todos.
Tem que ter muita responsabilidade, carinho, amor e devoção. Se a gente não tem
amor no coração, não vamos levar Jesus Cristo, que é amor, para os que vêm
procurar amor na Casa do Pai”, afirmou.
Também
participaram da celebração Frei Guido Moacir Scheidt, OFM - vigário paroquial
do Santuário, e ainda Frei Douglas Monteiro da Silva, OFM.
27/07/2017 17:06:46
Nesta terça-feira, 20 de junho, a partir das 13 horas,
o Santuário São Francisco recebe mais uma apresentação do projeto “Sons das
Igrejas do Centro”, promovido pelo Sesc Carmo com objetivo de democratizar o
acesso à música erudita e evidenciar o patrimônio histórico de São Paulo.
A apresentação é gratuita, sem necessidade de retirada
prévia de ingresso, e com duração aproximada de uma hora. Desta vez, se
apresenta a Capela Ultramarina, com um repertório lusitano dos séculos XVI e
XVII , com acréscimos de Mira Nero, Marinículas e Venid a Sospirar, como
exemplos da música executada no Brasil no mesmo período.
A Capela Ultramarina surgiu em 2000, por ocasião das
comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil, com o objetivo de ir de
encontro à música feita em Portugal no período da expansão marítima. Na
abordagem desse repertório o grupo privilegia as peças escritas sobre textos em
língua portuguesa, propondo uma reflexão sobre a formação da identidade
cultural brasileira a partir de um de seus traços mais marcantes: o idioma.
Para recriar este repertório, os integrantes do grupo
– todos músicos com experiência no que se costuma chamar de interpretação
historicamente informada – se servem de réplicas de instrumentos utilizados no
período, como as guitarras de cinco ordens, a viola da gamba e vários tipos de
flautas doces. A maior parte das composições é proveniente de alguns dos
cancioneiros musicais de origem portuguesa localizados até o momento.
Estes cancioneiros – pequenos cadernos manuscritos de
autoria anônima, contendo música escrita geralmente a três vozes – são nomeados
a partir do local onde foram encontrados: Cancioneiro de Elvas (CME) e
Cancioneiro de Paris (CMBP).
Ficha
Técnica
Regiane Martinez: soprano
Patrícia Nacle: contralto
Fábio Vianna Peres: tenor e guitarra barroca
Marília Macedo: flautas doces
Guilherme de Camargo: guitarra renascentista
Programa
Perdi a esperança (CME nº 8 - fls 46v-47 / CMBP nº 10
- fls.9v-10)
Porque me não vês Joana (CME, nº 20 - fls.58v-59)
Bem sei que minha tristura (CMBP, nº 104,
fls.103v-104)
Do vosso bem querer (CMBP nº 116, fls.115v-116)
Lágrimas de saudade (CMBP nº 24 - fls.23v-24)
Quem quiser comprar huma vida (CMBP, nº 107,
fls.106v-107)
Tarambote para as duas charamelinhas (Mosteiro de Sta.
Cruz de Coimbra)
Já não posso ser contente (CMBP nº 105, fls.104v-105)
Na fonte esta Lianor (CMBP, nº 120, fls.119v-120)
Minina dos olhos verdes (CMBP, nº 96, fls.95v-96)
Que he o que vejo (CME, nº 32 - fls.70v-71)
Venid a sospirar (CME, com poema de José de Anchieta)
Mira Nero (Mateo Flecha, com poema de José de
Acnhieta)
Mariçapalos / Marinícolas (anônimo ibérico com poema
de Gregório de Matos)
Não tragais borzeguis pretos (CMBP, nº 130,
fls.129v-130)
Serviço
Concerto com
Capela Ultramarina
Santuário São Francisco
Largo São Francisco, 133 - centro
Terça, 20 de junho – 13 horas
Entrada franca
27/07/2017 17:03:03
Frei Alvaci, atual
pároco e reitor, direcionou a visita, retratando curiosidades históricas que
fazem parte da formação do povo cristão da capital
Pouca coisa sobrou
do incêndio de 1880. O fogo apenas não consumiu as paredes, resistentes e
feitas em taipa de pilão, e as imagens de São Francisco e de Nossa Senhora da
Imaculada Conceição, ambas do século XVII.
Este foi um dos
fatos apresentados na manhã da última sexta-feira, 31 de março, quando um grupo
de nove guias de turismo esteve em visita pelo Santuário de São Francisco,
localizado na região central de São Paulo. Recebidos pelo pároco e reitor, Frei
Alvaci Mendes da Luz, conheceram relatos que unem história, arquitetura e fé.
“Nosso objetivo é
nos aprofundar nestes acontecimentos cada vez mais, uma vez que nossa cidade
sempre atrai turistas, principalmente vindos de outros países. Muitos se
interessam pela arquitetura. Mas há também aqueles que são atraídos pela
riqueza das construções associada às histórias que carregam. E as igrejas católicas,
pelo papel na formação da sociedade, são o foco principal destas visitas”,
relata o guia Sérgio, um dos líderes do grupo.
Por quase três
horas Frei Alvaci dedicou-se a explicar desde a história do convento, que neste
2017 completa 370 anos de fundação, citando a “doação” do antigo convento para
a criação da Faculdade de Direito, a construção da Igreja de São Francisco das
Chagas, numa iniciativa dos leigos da Ordem Terceira, até mesmo as ações hoje
desenvolvidas pelas diversas pastorais presentes na paróquia.
“Os relatos
históricos nos mostram que esta casa sempre foi referência de apoio à
comunidade mais carente. Ao fundo, onde hoje está a estrutura do convento, os
frades tinham pomares e criavam animais. Tudo isso era repartido com os mais
humildes. Era a chamada ‘Porta dos Pobres’, serviço que não deixou de acontecer
com o passar dos anos”, contou o frei.
Atualmente os
frades, com apoio da Prefeitura de São Paulo - que colabora com o alimento,
atende 300 moradores de rua, todos os dias para o almoço. O chá da tarde e o
banho completam essa ação de acolhida, estendida a outros pontos da cidade
através do SEFRAS – Serviço Franciscano de Solidariedade, cujas atividades
também envolvem crianças em situação de vulnerabilidade, acolhida aos
imigrantes, entre outras ações.
História, avanços e fé
Até 1940 o prédio
da igreja era apenas conventual, embora sempre aberto à comunidade, conforme o
carisma dos franciscanos. Foi apenas em 1940, com o crescimento da comunidade
ao seu redor, que veio a elevação à paróquia. Já em 1997, por ato do então
cardeal da Arquidiocese de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, o então Convento
e Paróquia foi elevado a Santuário.
A visita, que
passou também pela Igreja de São Francisco das Chagas e seus interiores –
incluindo o museu e o mausoléu onde estão sepultados antigos fieis, trouxe
fatos também da vida de São Francisco, desde a impressão das chagas em suas
mãos até sua ligação com os animais.
“O título de
Francisco como patrono dos animais é uma devoção que tem força maior no Brasil.
A base disso está no fato dele ser considerado o Santo Universal, aquele que
pensava em todas as criaturas como fruto da ação de Deus, e também por ele ter
composto o ‘cântico das criaturas’, que é considerada a primeira poesia em
língua italiana. Mas soma-se a isso o episódio em que ele pregou aos pássaros e
acalmou um lobo. Em 1980, o papa João Paulo II o declara Patrono Mundial da
Ecologia”, explicou Frei Alvaci.
Pequenos detalhes
da vida de Santo Antônio de Sant´Ana Galvão (Frei Galvão), que morou no
convento por 60 anos, também foram lembrados, da mesma forma que os pães, feito
pelos frades e vendidos na porta da igreja. Aliás, no final da visita, este foi
o ponto de dispersão, com os guias comprando os pães e já entusiasmados em
voltar com o primeiro grupo de turistas.
27/07/2017 16:59:47
A edição do jornal Metrô News desta
segunda-feira, 10 de abril, apresentou o Santuário São Francisco em uma de suas
notícias. No texto, é destacado o trabalho que o artista paulistano, Edu das
Águas, acabou de concluir em uma das paredes internas do prédio, retratando a
fachada do Santuário.
Segundo a reportagem, ele foi convidado
pelo atual pároco e reitor do Santuário São Francisco, Frei Alvaci Mendes
da Luz, para aproveitar um espaço cuja parede já apresentava uma moldura.
Porém, a obra se
tornou um desafio contra o tempo. Segundo o artista, o tempo ideal para
concluir o afresco seria de três meses. Mas a abertura de uma exposição de
fotos, que vai ocorrer em breve no Santuário, fez com que o pintor concluísse o
trabalho em 15 dias. “Trabalhei, em média, sete horas por dia em pé. Parava
trinta minutos para fazer um lanche”, relatou ele ao jornal que é distribuído
diariamente, e gratuitamente, nas estações de metrô de São Paulo.
A exposição
citada será inaugurada no próximo domingo, 16 de abril – Festa da Páscoa.
Intitulada “Convento e Santuário São Francisco, um olhar sobre a nossa história
– 370 anos”, serão apresentadas fotografias que retratam os vários momentos do
lugar. O evento tem entrada gratuita, com ato solene após a missa das 10h30.
Edu
das Água
Uma segunda
exposição também está programada para este ano. Com abertura prevista para 17
de setembro, quando o Santuário completa 370 anos. Desta vez os visitantes
poderão conferir quadros, também de autoria de Edu das Águas, retratando os
pontos mais simbólicos e significativos do prédio, e que também estarão à
venda.
27/07/2017 16:55:00
Palavra do Pároco
Vamos deixar o Santuário São
Francisco mais bonito!
Estamos iniciando mais um mês, este de forma especial é o mês das mães e
daquela que é a Mãe de todos nós: Maria Santíssima. Aliás, no dia 13 de maio
celebramos o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, e este é sem
dúvida um motivo para nos alegrarmos. A "Virgem feita Igreja", como
dizia Francisco, continua a se manifestar aos seus filhos.
Gostaria então, de aproveitar e fazer a você um convite especial: como
você já sabe, neste ano, nossa igreja e convento completam 370 anos no dia 17
de setembro. Convidamos o cardeal Dom Odilo para celebrar conosco, e ele já
confirmou presença.
Contudo, gostaríamos de deixar a igreja mais bonita até a festa e para
isso pretendemos pintar a fachada e o adro de entrada.
Os andaimes já foram montados, agora iremos levantar, com a ajuda de
vocês, os recursos.
Só para você ter uma ideia, nossa igreja foi pintada pela última vez em
2008 nos trabalhos de restauro. Desde lá não houve mais pinturas, mesmo porque
é muito caro e muito burocrático por se tratar de um imóvel tombado pelo
patrimônio histórico.
Caso você queria nos ajudar, em nosso site você encontrará o modo como
fazer. Ou então, fale diretamente conosco!
Escolha a opção que caiba dentro de suas condições. Pintar uma igreja
como essa é manter viva uma história que já dura 370 anos no coração da cidade
de São Paulo.
Eu, em nome de todos os freis que vivem neste convento e santuário,
agradeço o empenho e ajuda de cada um. Que São Francisco e Santa Clara os
abençoem e recompensem e que nossa Mãe Maria, neste mês dedicado a ela, os
cubra com seu manto santo.
Muito obrigado por tudo.
Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
Pároco e reitor do Santuário São Francisco
Como posso colaborar?
Via depósito bancário, doação espontânea
diretamente na secretaria paroquial ou via
carnê de contribuição mensal.
Para aqueles que
preferirem realizar a colaboração via Banco, poderá realizar no:
Banco: Bradesco
Agência: 200
Conta Corrente: 5811-4
Titular: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.
Desde já agradecemos a sua ajuda e
com ela esta casa de acolhimento a visitantes e fiéis poderá continuar mais
séculos evangelizando e levando a Paz e o Bem!
27/07/2017 16:49:52
Moacir Beggo
O Convento e Santuário São Francisco celebra neste ano, no dia 17 de
setembro, 370 anos de sua fundação. Para resgatar essa história está exibindo
nos seus corredores a Exposição Fotográfica “Convento e Santuário São
Francisco: Um olhar sobre a Nossa História – 370 anos”.
“A ideia de se montar uma exposição com fotografias surgiu durante a
reunião da Pastoral da Comunicação no início do ano. Queríamos contar a
história dos 370 anos desta casa em fotografias. Sabíamos que era difícil
porque os primeiros anos não constam de registros fotográficos, contudo,
aceitamos o desafio”, conta Frei Alvaci Mendes da Luz, pároco e reitor da
Paróquia e Santuário São Francisco.
Composta por 182 fotos, ao longo de 21 painéis com textos e orações, a
autora Ana Lúcia Armigliato conta a história a partir de 1585 até os dias de
hoje. “O resultado é uma exposição leve e envolvente, que leva o visitante a um
passeio pela presença franciscana não só em São Paulo, mas no Brasil como um
todo, haja vista que a história começa com a fundação da primeira Província
Franciscana do Brasil, na cidade de Olinda, e segue até a chegada dos primeiros
franciscanos em São Paulo, terminando com fotos do dia a dia desta igreja e
suas festas”, acrescenta o frade.
A fotografia permite isso. Você pode contar e viajar pelas fotos, basta
criar uma unicidade entre elas, o que consegui através do tratamento das
imagens – preto e branco antigo. Criei, então, uma linha do tempo, dividi os
painéis em períodos históricos e segui assim até o final. Se o observador
notar, os painéis seguem um padrão em quantidade de fotos e datas. Isso foi
pensado para não se tornar algo cansativo”, explica Ana Lúcia, que trabalha na
Pastoral da Comunicação.
A história franciscana em São Paulo, contudo, começa quando a caravana
dos sete fundadores embarca no Rio de Janeiro em 18 de dezembro de 1639 e chega
a São Paulo no dia 5 de janeiro de 1640, indo residir numa casa em frente à
dita Ermida de Santo Antônio, hoje a atual Praça do Patriarca. Junto com eles,
o Custódio Frei Manuel de Santa Maria que voltava a São Paulo, obteve antes as
necessárias licenças para a fundação da residência, tanto da autoridade civil
como da religiosa. O local onde estava a Ermida não era bom para se construir o
Convento. Não somente faltava a água, mas também se encontrava muito exposto à
inclemência do tempo no terreno que hoje é o Vale do Anhangabaú.
O novo terreno foi doado em 1642, “com oitenta braças de chão e três
fontes de água (“embora o rio Anhangabaú que passava nos fundos causasse alguns
prejuízos na época das chuvas”), e a construção do novo convento teve início
imediato. Quatro anos depois, no dia 17 de setembro de 1647, na Festa das
Chagas de São Francisco, era inaugurada a nova residência franciscana. Era o
maior convento de todos construídos até aquela época, com um andar superior.
Imponente era o seu claustro, cujos cinco arcos estavam sobre grossas
pilastras. Essas linhas deram origem às famosas arcadas do prédio atual da
Faculdade de Direito.
Segundo Ana Lúcia, nesta mostra o histórico não existe sem o religioso e
vice-versa. “A ideia é remeter à oração enquanto se caminha pela história.
Dessa maneira, sempre a cada sequência de painéis há o elemento humano, em seu
momento devocional ao lado de orações escritas: São Francisco, São José, Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, Santo Antônio, Santa Clara e Frei Galvão (dando
destaque para a época em que esse último morou no Convento)”, observa.
“Vale a pena visitar esta exposição e conhecer melhor este Convento e
Santuário que fazem parte da história da cidade de São Paulo. Tenho certeza que
o visitante sairá mais apaixonado por este ‘pedacinho’ de chão que continua
sendo lugar de acolhida, de graça, de preces, de Paz e Bem”, convida Frei
Alvaci.
Nesses 370 anos, muitos foram os benfeitores do Convento e Ana Lúcia não
esqueceu deles. “O últimos painéis são dedicados a elas”, completa.
CAMPANHA PEDE DOAÇÕES PARA PINTURA DA FACHADA DA IGREJA
Para festejar esta data, o Santuário e Convento São Francisco iniciou a pintura da sua fachada e pede doações para completar o investimento de R$ 120 mil reais.
Essa colaboração pode ser feita:
Via depósito bancário, doação espontânea diretamente na secretaria ou via
carnê de contribuição mensal. Para aqueles que preferirem realizar a colaboração via Banco, poderá fazer no:
Banco: Bradesco
Agência: 200
Conta Corrente: 5811-4
Titular: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.
27/07/2017 16:15:47
Meus caros amigos, confrades, benfeitores, dizimistas, pastorais e
movimentos desta igreja, povo querido de Deus.
Paz e Bem!
Passamos quarenta dias seguindo passo
a passo as celebrações que nos trariam até este momento, tudo pensado e
preparado com carinho para que a alma e o coração pudessem gritar: glórias,
aleluias, Ele vive. Recordamos, rezamos, nos confessamos, participamos das
via-sacras, das orações devocionais, de uma série de ritos e procissões, que
nos fazem cada dia, sempre de novo, recordar nossa fé e nossa caminhada rumo ao
céu.
Quando fui preparar esta homilia, fiquei pensando o que poderia dizer de
novidade, algo que ainda não tivesse sido tido, ou relembrar algo esquecido,
que as vezes fica lá no fundo da memória. Não encontrei algo que pudesse ser
maior ou diferente da grande novidade dita já há mais de dois mil anos. Aliás,
a grande novidade desta noite, é aquele Boa Nova repetida em toda Páscoa, a
cada ano, a cada missa, e que agora vamos continuar repetindo todos os
domingos: Ele vive, está vivo, podemos continuar acreditando. A morte não
vence, o mal passa, a ressurreição é pra sempre.
Já no começo desta celebração com a proclamação solene da Páscoa e todas as
leituras que nos foram feitas, fomos recordando uma história de Salvação
construída através de Palavras, de gestos, de entrega e doação de pessoas
dedicadas a Deus. Muitos antes de Cristo se tornaram anunciadores Dele e de sua
vinda. Aliás, o Pai, preparou tudo desde o inicio dos tempos para um dia nos
enviar seu Filho. Tanta coisa feita Dele, por Ele e com Ele.
E quando nos deparamos com a vida, como aquelas santas mulheres diante do
túmulo vazio, um anjo precisa nos relembrar que “Ele havia dito”. Vocês
recordam que Ele havia dito, perguntou o anjo? “Eu ressuscitarei no terceiro
dia”...Não tenham medo diz ele, coragem, Ele não está aqui...Ele disse isso. E
o que Ele disse se cumpriu. Ninguém havia dito antes, ninguém havia realizado
algo parecido.
Ai então me vem a mente, tantas outras coisas que Ele disse, e que se
compriram. E outras tantas que Ele continua dizendo e nós ora comprimos, ora
esquecemos ou nos fingimos de surdos. Pra nos refrescar a memória, já que
estamos falando de ressurreição e de vida nova, vou apenas lembrar algumas das
falas do ressuscitado, que precisam continuar ecoando nos quatros cantos do
mundo, nos lugares onde houverem seguidores do Mestre, seguidores do
Caminho.
Disse Jesus: “Bem aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e as põe em
prática”... É, são felizes de verdade aqueles que conseguem fazer o que
ouviram, são radiantes de alegria aqueles que põe a mão na massa, que agem, que
lutam.
E disse ainda em relação aos que nos cercam: “Ame seu próximo, como a si
mesmo...” “Não julgueis para não serem julgados”... “Ame seus inimigos, faça o
bem aqueles que vos odeiam, abençoe os que te amaldiçoam, reze por aqueles que
te maltratam”. E quantas vezes esquecemos estas frases! Parece que Ele não
disse isso...mas Ele disse.
E mais: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Amor tão próximo,
mas tão difícil, tão falado, mas tão esquecido. Amai-vos, diz Ele, onde existe
amor, existe Deus, e é possível mudança. Amemo-nos para que aqueles que nos vem
acreditem no ressuscitado.
Naquela última ceia, depois de lavar os pés dos seus, Ele disse: “Dei-vos o
exemplo, para que façais a mesma coisa”. Dei-vos o exemplo, Ele disse, fez e
pediu que fosse feito do mesmo modo.
Enfim, há muitas outras coisas que Ele disse e se cumpriram, não preciso
colocar aqui, cito apenas estas frases porque são as que me vieram em mente.
Tanta coisa Ele disse e tanta coisa nos disse. Que tal abrir os ouvidos pra
escuta-lo de novo, sem medo, com audácia e coragem. Será que é preciso um anjo
para nos relembrar isso tudo? Será que nossas missas, nossas orações, nossas
procissões e práticas devocionais nos ajudaram a chegar nesta conclusão? Será
que a gente acredita nas falas Dele como acredita em sua ressurreição?
O que Ele disse, precisa continuar sendo dito, precisa continuar ecoando num
mundo dilacerado por ódio, intrigas, corrupção, perseguição religiosa,
intolerância. Precisa continuar sendo sinal de vida, de ressurreição.
Nós cristãos, testemunhos da ressurreição, homens e mulheres diante do túmulo
vazio somos os anunciadores de um mundo novo. Mas como? Você poderia me
perguntar. Como diante de um país corrupto? Diante de um mundo cheio de ódio?
Como diante de crianças e famílias inteiras sendo mortas e perseguidas, tendo
que fugir de suas casas e migrar para países distantes? Como diante de uma
natureza maltrada e explorada? De águas poluídas e matas devastadas? Como
diante de um mundo desses?
Minha resposta a tantas perguntas não poderia ser outra senão aquela dita pelo
anjo: Não tenham medo, Ele não está aqui como havia dito. Ele ressuscitou! E se
Ele ressuscitou há vida, há esperança, há vitória, é possível. Se de fato
acreditamos nesta noite Santa, se de fato acreditamos em Cristo, podemos
continuar acreditando num outro mundo possível. Esta é a mensagem da Páscoa, a
vida que vence, o mundo que continua e os cristãos que diante de tudo o que
veem e ouvem, continuam acreditando naquilo que Ele disse.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Feliz e Abençoada Páscoa !
Frei Alvaci
Mendes da Luz
Pároco e Reitor Santuário São Francisco
27/07/2017 16:08:13
Mergulhados na infinita bondade de
Deus, buscando a conversão do coração como proposta de vida, tentando mudar
nossas atitudes e anseios, chegamos mais uma vez às celebrações da Semana
Santa, a semana dos cristãos, a semana especial, enfim, a mais significativa
das semanas. E toda a liturgia parece nos querer falar de um amor insondável,
de um mistério infinito, de uma bondade sem limites. Por que será que toca
tanto nossa alma quando relembramos e revivemos os mistérios dos últimos dias
do Senhor em nosso meio? Por que a paixão, a dor, o abandono, a solidão, a
morte, parecem dizer tanto a nós cristãos? Por que corremos ao encontro daquele
que é a Luz que destrói as trevas e elimina o poder da morte?
Gostaria de destacar, aqui, os passos
do mistério que vamos celebrar juntos a partir da quinta feira santa, com a
missa vespertina, ou seja, a grande celebração da Páscoa dos cristãos, no que
chamamos de “Tríduo Pascal”. Entender bem, estes três momentos fortes como uma
única e grande celebração da vida é poder entrar definitivamente na comunhão
com o Cristo, única e verdadeira Páscoa. Trata-se, portanto, de uma celebração
com três momentos distintos, mas integrados. Três faces de um mesmo mistério: a
Páscoa.
QUINTA-FEIRA SANTA
Dia do mandamento novo; do ministério
da doação; do Lava-pés
Ele, o Mestre, deu testemunho do que
dizia, manda amar a todos, ensina que é no lavar os pés: sujos, descalços,
pobres, que se identificam os seus seguidores. Que amar aqueles que lhe amam é
fácil, mas amar os inimigos, aqueles que comem na mesma mesa sem ser dignos
dela, é ser diferente.
Na missa desta tarde-noite,
antecipa-se a entrega total na doação eucarística (Última Ceia). Celebramos o
amor que se doa, na cruz e na glória. Mergulhamos, portanto, na sublimidade
pascal. Tudo nesta Ceia-doação nos leva à descoberta do amor. É nesta missa que
se inicia o Tríduo Pascal.
SEXTA-FEIRA SANTA
Amor levado ao extremo; entrega;
sofrimento; morte
Nossas igrejas se enchem, choramos
aquele que morre na cruz, caminhamos lado a lado com o Senhor Morto. É a
sexta-feira da Paixão. Aquele que ontem havia celebrado a Ceia com os seus, mas
que havia sido na mesma noite entregue aos “homens deste mundo”, agora jaz no
madeiro.
Contudo, e aqui está a beleza da
liturgia integrada como única celebração de vida, adoramos o madeiro e o
beijamos porque ele, o madeiro da dor, é sinal de glória. Nele adoramos aquele
que viverá, que ressurgirá da morte e nos libertará a todos. Identificamo-nos
tanto com Ele neste dia que até entendemos que nossas cruzes diárias são parte
de nossa humanidade, e que aceitá-las e tentar entendê-las talvez seja um
primeiro passo para a vida nova, que todos buscamos. A cruz lembra dor, mas
reforça a certeza da vitória.
SÁBADO SANTO
Saudade; esperança; vigília; luz;
Vitória; Vida Nova
Começamos o Sábado lembrando aquele
que jaz no sepulcro. A manhã deste dia ainda é de recolhimento. Mas, fica
sempre aquela cepa de certeza, aquele gostinho de esperança que brota do mais
profundo da alma.
A tarde chega, a noite cai. É hora da
Vigília das Vigílias, como dizia Santo Agostinho, da luz das luzes, do poder da
vida sobre a morte. Afinal, ressuscitado e vivo é o nosso Deus. É por isso que
esta noite é tão cheia de significados e de símbolos: Liturgia do fogo e da
luz; Liturgia da Palavra; Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística. Somos, com
Cristo, ressuscitados para uma vida nova; somos banhados na pia batismal como
homens novos, porque “ele vive e podemos crer no amanhã”; somos povo que
caminha rumo, não mais a terra prometida, mas rumo ao Reino dos céus; enfim,
comungamos aquele que é o Senhor ressuscitado, nossa Páscoa.
Tudo deveria refletir em nós a
alegria que estamos sentindo. A Igreja, toda, iluminada pela luz do Filho do
Deus Vivo, mergulhada no abismo de tão profundo mistério e envolvida com a
missão de seu Divino Mestre, deveria cantar a uma só voz o “Aleluia”, guardado
para este momento tão sublime. E lembrar que a partir deste momento, somos com
Ele, ressuscitados para um mundo novo, alicerçado na paz, na justiça, no amor,
na concórdia e na fraternidade, onde a Eucaristia brilha mais intensamente como
lugar de partilha, de comunhão verdadeira e de ação. Não podemos esquecer que
somos sinais, do Cristo ressuscitado.
O tríduo termina com a oração das
vésperas (tarde) do Domingo de Páscoa, que é o domingo dos
domingos, como afirma Santo Atanásio, mas não a culminação de um tríduo
preparatório, e sim a reafirmação da Vitória, já celebrada na grande Vigília do
dia anterior.
O maior tesouro da liturgia está
nestes três dias, nos quais recordamos a Paixão, a Morte e a Ressurreição de
Nosso Senhor. O tríduo pascal é a celebração mais importante na vida da Igreja,
na há celebração, em ordem de grandeza que se possa colocar em seu nível.
Assim, estes três dias são o centro não só do ciclo da Páscoa como tal, mas
também de toda a liturgia e de toda a Igreja.
Que possamos celebrar bem estes dias
e que a certeza do Senhor que Vive e Reina, seja a maior das certezas de nossa
vida cristã. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a
pauta e o programa que devemos seguir em nossas vidas.
27/07/2017 15:48:19
Caros paroquianos, visitantes, devotos, amigos e amigas deste Santuário.
Paz e Bem!
Meu povo querido de
Deus. Que bom poder chegar até vocês através destas linhas. Tantos são os
motivos para nos alegrarmos neste ano: 370 anos do Convento e Santuário São
Francisco; 300 anos de bênçãos de nossa mãe Aparecida sobre o nosso país; 100
anos da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima. Enfim, temos que muito
que a agradecer ao nosso bom Deus por sempre estar do nosso lado.
Estamos na
quaresma. Mais uma vez, dentro do calendário católico, chegamos neste tempo
forte de oração e reflexão, de penitência e jejum, de caridade e doação.
Durante estes quarenta dias vamos juntos refletir, pensar, e sobretudo,
estender nossas mãos para aqueles que precisam.
Durante estes 40
dias, realizamos a Campanha da Fraternidade que, ao longo dos anos, tem
refletido sobre a vida em todas as suas dimensões e levantado questões que
necessitam de maior discernimento. Os temas da CF sempre tocam em assuntos
sociais, convidando todos os cristãos e a sociedade em geral para uma séria
reflexão sobre o tema e um empenho maior em favor da solidariedade e de
realidades mais justas e fraternas ao propor que haja conversão pessoal e
social para enfrentar os desafios sociais, econômicos, culturais e até mesmo
religiosos.
A Campanha deste
ano retoma os temas ecológicos anteriores e tem por objetivo “cuidar da
criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover
relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho”. Com o
tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e
guardar a criação” (Gn 2,15), a CF 2017 pretende à luz da fé, refletir sobre o
significado dos desafios apresentados pela situação atual dos biomas e dos
povos que neles vivem, abordando as principais iniciativas já existentes para a
manutenção de nossa riqueza natural básica e apresentando propostas sobre o que
devemos fazer em respeito à criação que Deus nos deu para cultivá-la e
guardá-la.
Que São Francisco e
Santa Clara, modelos de seres humanos integrados com a criação, nos ajudem e
estejam conosco nesta busca de cuidar do que é nosso, ou melhor, do que somos
todos nós.
Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
Pároco e reitor do Santuário São Francisco